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O povo trabalhador vai voltar a governar este país, diz Lula

Em ato no Rio, ex-presidente afirma compromisso com soberania nacional, políticas públicas e democratização da imprensa

Publicado: 03 Outubro, 2017 - 17h47

Escrito por: Luiz Carvalho

Francisco Proner
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Vagner durante encerramento do ato no Rio (Fotos: Francisco Proner)Vagner durante encerramento do ato no Rio (Fotos: Francisco Proner)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o ato em defesa das empresas públicas na tarde desta terça-feira (3), no Rio de Janeiro, e diante de 10 mil pessoas apontou que adotará  caminhos completamente distintos aos do ilegítimo Michel Temer (PMDB), caso seja eleito.

Líder em qualquer cenário e em qualquer pesquisa realizada até o momento, Lula reafirmou o compromisso de ampliação das políticas públicas inclusivas e provocou quem tenta frear sua candidatura.

“Me processem, mintam quanto quiserem, mas vou voltar para recuperar a autoestima deste país, para dizer aos jovens pobres da periferia que vão continuar a estudar em universidade, que vão ter ProUni, Fies,  escolas técnicas, que o povo pobre vai ter Minha Casa Minha vida. Se preparem porque o povo trabalhador vai voltar a governar este país e voltaremos a andar de cabeça erguida.”

Para o ex-presidente, o processo de privatização é medida de quem vende patrimônio público por não ter competência para administrá-lo e como exemplo da importância do Estado citou a Petrobrás.

“O país estará abrindo mão de instrumentos de fazer política econômica. A Petrobras não é só indústria de petróleo, é instrumento de desenvolvimento, tem milhares de empresas que dependem dela. Foi o investimento em ciência e tecnologia que nos permitiu buscar petróleo a sete mil metros na maior descoberta do século 20. Hoje não existe nenhuma empresa mais competente em prospecção em alta profundidade do que a Petrobrás”, falou.

Lula também criticou a Reforma Trabalhista. “Eles ainda acham ter uma hora de almoço é muito, que tem de trabalhar enquanto come, que mulher ter licença remunerada na gravidez é muito. Eles querem que este país volte ao tempo da escravidão, mas não vamos voltar.”

E acenou com uma reforma verdadeiramente necessária, a da comunicação. “Quando eu voltar para a presidência da República, a gente vai democratizar os meios de comunicação deste país. Não é possível a quantidade de mentira dia e noite na televisão, rádio e jornal. Quem vai vencer não é o Lula, mas o povo brasileiro”, sentenciou.

Para ele, é justamente o rabo preso com a imprensa que move a Lava-Jato comandada pelo juiz federal Sérgio Moro. “Moro sabe que eu não tenho tríplex, mas como está refém da imprensa, não tem coragem de dizer a verdade. Se um dia provarem 1 real roubado, eu venho aqui pedir desculpas, mas o que não dá é para continuar mentindo”, desafiou.

Vida melhorou?

Também no encerramento do ato, o Presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, afirmou ser necessária a comparação entre os governos populares apoiados pela classe trabalhadora com aquilo que o Brasil tem hoje.

“É o momento de discutirmos com a sociedade brasileira para saber se ela está satisfeita com a vida que está levando. É momento de perguntar para a juventude e para a classe trabalhadora se estão satisfeitas. É momento de perguntar aos empresários se estão satisfeitos com a crise econômica, financeira, moral e institucional pela qual o Brasil passa hoje”, sugeriu.

Vagner lembrou ainda que Lula tem defendido uma proposta das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo de, caso eleito, fazer referendo para saber se o povo brasileiro deseja revogar as medidas golpistas adotadas pelo governo sem votos de Temer.

Uma gestão, segundo ele, que tem missão clara e terrível para o futuro dos brasileiros. “Esse governo não é só golpista, é entreguista, está aqui para entregar nossas riquezas para a burguesia internacional e nós não permitiremos. E a forma de não permitir é a luta organizada do movimento operário e social enfrentando a burguesia e derrotando seu projeto."