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OEA diz que “imputados” querem julgar Dilma

Secretário-geral, Luís Almagro, destacou ainda que contra Dilma não há acusação

Publicado: 15 Abril, 2016 - 18h53 | Última modificação: 15 Abril, 2016 - 19h15

Escrito por: Paulo Victor Chagas, da Agência Brasil

Lula Marques, Agência PT
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Luís Almagro, da OEA, foi recebido por Dilma na tarde desta sexta-feira

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, se encontrou com a presidenta Dilma Rousseff nesta tarde para manifestar apoio e criticar o processo de impeachment que será analisado neste domingo pela Câmara dos Deputados.

Alegando “falta de certeza jurídica para as acusações” e inconsistência no pedido de afastamento de Dilma, Luis Almagro disse que a OEA sempre teve o Brasil como exemplo de legalidade. Segundo ele, além dos questionamentos políticos e jurídicos, há  “inconveniente” na dimensão ética.

“Do ponto de vista ético, encontramos algo que nos chama profundamente a atenção. Aqui temos uma pessoa que não tem nenhuma acusação, imputação, julgamento, e encontramos entre os que vão julgar imputados, indagados, julgados”, disse. 

De acordo com o representante OEA, a Organização das Nações Unidas e a União dos Estados Sul-Americanos também se expressaram sobre o tema, “sobre a necessidade de estabilidade jurídica no país”.

Almagro conversou com jornalistas após o encontro. Perguntado sobre o que pode fazer a OEA em termos práticos, ele afirmou que a entidade tem que estudar a evolução dos fatos. “[Os países] conhecem a carta democrática da OEA e a sua utilização. Isso é algo que Brasil ponderará, sua utilização”, afirmou.