Escrito por: Redação CUT*
Relatos de trabalhadores indicam que empresas registram mais de 70 trabalhadores afastados devido à gripe e ou suspeita de Covid-19
A onda de gripe influenza H3N2, que teve início em dezembro do ano passado no Rio de Janeiro e depois se espalhou pelo Brasil, e a explosão de casos da nova variante do coronavírus, a ômicron, estão afetando os trabalhadores e trabalhadoras de fábricas do setor químico.
De acordo com dirigentes de sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT (Fetquim do ABC) de Campinas e Jundiaí, relatos revelam que empresas registram mais de 70 trabalhadores afastados devido à gripe e ou suspeita de Covid-19.
Os afastamentos estão sobrecarregando diversos trabalhadores que têm de fazer hora extra para cobrir as ausências no trabalho devido a quarentena
Os dirigentes sindicais afirmam que medidas de proteção e protocolos deverão ser reforçados e a atenção aos terceirizados deverá ser redobrada.
“É preciso ficar atento aos trabalhadores que estão sendo sobrecarregados nas fábricas devido os afastamentos dos que estão com gripe e suspeita de Covid, principalmente os jovens em estágio e os terceirizados dentro das fábricas”, afirma Airton Cano, Coordenador da Fetquim-CUT.
Para ele, entre as medidas necessárias estão suspender por hora a volta às fábricas do pessoal que ficou em home office; continuar o embate contra esse governo negacionista e que despreza a saúde dos trabalhadores, e ao mesmo tempo exigir o cumprimento de direitos sociais e de saúde do trabalhador assinados com os patrões na última campanha salarial.
Garantir uma observação rígida de todos os protocolos para evitar o contágio nas fábricas é outra medida fundamental, acrescenta André Henrique Alves, secretário de Saúde da Fetquim CUT/Intersindical.
Entre os protocolos ele cita o uso de máscaras com maior proteção tipo cirúrgica, transporte adequado sem aglomeração até o local de trabalho. O dirigente também ressalta a importância de testagem rápida de Covid para todos os trabalhadores, além de garantia de afastamento dos casos confirmados ou suspeitos e continuidade de vacinação para todos.
“Importante é o acordo feito com o setor farmacêutico para que todos sejam vacinados, e ao mesmo tempo que esse acordo avance para todo o setor químico. Bolsonaro representou a morte com seu negacionismo no enfrentamento da Covid,” diz o sindicalista.
Com informnações da Fetquim