Operação da PF apreende celulares de Bolsonaro e Michelle; coronel Mauro Cid é preso
Operação foi na casa do ex-presidente. PF também prendeu Max Guilherme, ex-assessor de Jair Bolsonaro. Investigados são suspeitos de inserir dados falsos de vacinação em sistema do Ministério da Saúde
Publicado: 03 Maio, 2023 - 08h27 | Última modificação: 03 Maio, 2023 - 08h33
Escrito por: Redação CUT
A casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos da operação que a Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta quarta-feira (3). O imóvel fica localizado no bairro Jardim Botânico, em Brasília (DF). Os celulares de Bolsonaro e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro foram apreendidos, segundo o G1.
Apesar de Bolsonaro não ser alvo de mandado de prisão, ele deve prestar depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira, em Brasília. A investigação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e cumpre 16 mandados de busca e apreensão, em Brasília e no Rio de Janeiro. Esta operação ocorre dentro do inquérito que investiga a atuação das “milícias digitais".
A ação da PF também cumpriu mandados de prisão preventiva contra dois ex-assessores de Bolsonaro: Mauro Cid e Max Guilherme. Seis pessoas foram presas, além dos ex-assessores. Foram revelados até o momento mais dois nomes de presos: o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Os investigados são suspeitos de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado, para que o ex-presidente, familiares e investigados pudessem viajar aos Estados Unidos, já que a vacinação era obrigatória para entrar em solo norte-americano.
Teriam sido forjados os certificados de vacinação de Jair Bolsonaro; da filha dele, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos; do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.
Acusações
Segundo nota da PF, os suspeitos são investigados por crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
A Polícia Federal afirma que o objetivo do grupo seria "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".
Com informações do G1 e Brasil de Fato