Escrito por: Redação CUT
PF cumpre nesta sexta 14 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão preventiva contra terroristas bolsonaristas que destruíram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro
Na quarta fase da Operação Lesa Pátria contra os atos dos terroristas bolsonaristas praticados em 8 de janeiro, agentes da Polícia Federal (PF) cumprem, nesta sexta-feira (3), três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em cinco estados (Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo) e no Distrito Federal.
Nas primeiras horas da manhã, os agentes prenderam em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, Lucimário Benedito Camargo, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Rio Verde (GO), conhecido como "Mário Furacão".
Em um vídeo que circulava nas redes, o simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece enrolado com uma bandeira do Brasil no pescoço dentro do Palácio do Planalto durante a invasão no dia 8 de janeiro, em Brasília.
O CDL de Rio Verde informou que o bolsonarista renunciou ao cargo de presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Verde e está afastado da diretoria.
Em Rondônia, a Polícia Federal prendeu o ex-candidato a deputado estadual William Ferreira da Silva, conhecido como 'Homem do Tempo', que postou vídeos e fotos dos atos antidemocráticos no gramado da Praça dos Três Poderes nas redes sociais e, em seguida, filmou a si mesmo e a outros bolsonaristas dentro do STF.
Em Brasília, a PF procura um policial legislativo do Senado – suspeito de facilitar, no local, a ação dos golpistas – e a uma advogada que teria recolhido celulares dos terroristas detidos em Brasília.
Operação Lesa Pátria
A Operação Lesa Pátria investiga participantes, financiadores e fomentadores dos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF).
Os envolvidos nos atos golpistas podem responder pelos crimes de:
. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
. Golpe de Estado,
. Dano qualificado,
. Associação criminosa,
. Incitação ao crime,
. Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A qualificação dos crimes só deve ser feita quando terminarem as das investigações e os suspeitos forem denunciados formalmente à Justiça pelo Ministério Público.