Escrito por: Redação CUT
A marca de meio milhão de mortes, centenas delas por falta de vacinas, levou muita gente a ir às ruas lamentar as perdas de avós, pais, filhos, irmãos, tios e culpar Bolsonaro
Os organizadores dos atos ‘fora, Bolsonaro” devem se reunir nesta terça-feira (22) para analisar as manifestações realizadas no sábado (19) no Brasil, onde mais de 750 mil pessoas foram às ruas, e no mundo e discutir as próximas ações pelo impeachment de Jair Bolsonaro (ex-PSL). No sábado o país atingiu a triste marca de mais de 500 mil vidas perdidas para a Covid-19, o que aumentou ainda mais a revolta dos brasileiros.
“Bolsonaro é mais perigoso do que o novo coronavírus” e por isso é preciso ir às ruas para destitui-lo do cargo, alegam os organizadores e muitos dos participantes dos atos lembrando que o presidente e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello recusaram inbúmeras vezes as vacinas oferecidas ao governo federal, como mostrou a CPI da Covid do Senado, que investiga ações e omissões do governo no combate a pandemia.
Para a maioria das pessoas, o presidente é responsável por parte das mais de 500 mil mortes de brasileiros durante a pandemia do novo coronavírus, pela fome, pela miséria e pela falta de investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e na geração de emrpego e renda.
O gabinete paralelo ao Ministério da Saúde para o aconselhamento do presidente e o estímulo à adoção de remédios ineficazes contra a Covid-19, como a cloroquina e ivermectina, investigados pela CPI da Covid, além do estímulo a aglomerações e não uso de máscatas, a demora na compra de vcinas são algumas das indicações da culpa do presidente.
A falta de vacinas, que tem provocado muitas mortes levou muita gente a ir às ruas lamentar as perdas de avós, pais, maridos, filhos, irmãos, tios e culpar Bolsonaro, como essa senhora de 90 anos que fez questão de ir às ruas de Recife com um cartaz onde escreveu que se Bolsonaro não tivesse rejeitado as vacinas, a filha dela estaria viva.
Reprodução/Facebook
Os atos ‘fora, Bolsonaro” deste fim de semana, organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e pela Coalizão Negra, levaram às ruas, apesar do medo da contaminação, mais de 750 mil pessoas em 427 cidades do Brasil nas 27 unidades da federação e em 17 países no exterior. A maioria usou máscara e álcool em gel e a todo momento os organizadores alertavam par a que mantivessem o distandimento social.
As polícias militares não fizeram estimativas, mas na maioria das capitais os atos de sábado foram maiores do que os de 29 de maio. No Rio de Janeiro, por exemplo, o ato reuniu cerca de 70 mil pessoas, 20 mil a mais do que o ato de maio. Matérias nos sites das CUTs estaduais mostram que, em Porto Alegre, mais de 50 foram às ruas protestar, outras 6 mil estiveram ans ruas de Aracaju, milhares em Fortaleza, Recife, Salvador, Campo Grande, em Natal, entre outras cidades.