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Os desafios do sindicalismo na Amazônia

CUT Pará finaliza caminhada pelas Plenárias Macrorregionais em todo o Estado

Publicado: 10 Julho, 2015 - 12h01 | Última modificação: 10 Julho, 2015 - 12h32

Escrito por: Vera Paoloni e Laís Cortês, da CUT Pará

Vera Paoloni
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Ouvir os sindicatos rurais e urbanos e movimentos sociais organizados em todo o Pará, com o objetivo de interiorizar a CUT e construir a plataforma de lutas para este e próximos períodos é a proposta vitoriosa da CUT- Pará, que já realizou 5 plenárias macrorregionais  no Estado,  tendo a primeira ocorrido dias 11 e 12 de junho, em Barcarena, com dirigentes das regionais da Tocantina, Ilhas e Guajarina. A segunda   nos dias 18 e 19 em Santarém, reunindo regionais do Baixo Amazonas, BR 163, Xingu e Transamazônica, a terceira foi realizada em Capanema nos dias 22 e 23, com participação dos dirigentes das regiões Bragantina e Salgado. A 4ª plenária foi realizada nos dias 01 e 02 de julho, na sede do sindicato dos Bancários, em Belém, com a participação dos dirigentes da região Metropolitana. A última plenária finalizou hoje (09/07) em Marabá, contemplando os cutistas da região Sul e Sudeste.

 

 

No temário dos debates, assuntos como reforma agrária, democracia, políticas públicas, democratização da mídia, organização de base, educação, direitos, trabalho, enfim, os desafios colocados para a classe trabalhadora e em especial para que mora e faz sindicalismo na Amazônia e no Pará. Após as cinco plenárias, a CUT realizará o seu 12º Congresso Estadual, de 28 a 30 de agosto, quando todo o processo de escutatória, já sistematizado, virará deliberação e plano de lutas.

 

Com o objetivo de debater a organização sindical, o fortalecimento da classe trabalhadora, a ampliação de direitos, de 125 entidades entre sindicatos urbanos, rurais e movimentos sociais garantiram  presença nas plenárias.

 

O debate foi  extremamente  produtivo, perpassando pelos grandes projetos e a desvalorização  da  Amazônia como o grande pólo reprodutor do país, somos os maiores produtores de madeira, peixe, energia, minério, biodiversidade,  mas somos vistos apenas como  fronteira de commodiies.

 

Muito se falou também sobre a precarização das políticas públicas para nossa região, que infelizmente são fragmentadas, e  claro, a enorme ausência do Estado.

 

Martinho Souza, Presidente da CUT Pará  afirmou que “o processo de construção da plataforma de lutas a partir da realidade dos sindicatos e das regiões foi muito importante para a Central, pois fortalece a ação sindical e a classe trabalhadora”. Martinho manifestou agradecimentos à participação de todos os companheiros e companheiras, a tod@s que se empenharam em construir e realizar esse processo, além das entidades parceiras que acolheram os funcionários da CUT-PA  e à Escola Chico Mendes, muito contributiva na metodologia e sistematização.

 

Escutatória

 

 

 

A CUT Pará, a Fetagri Pará e a Escola Sindical Chico Mendes na Amazônia organizaram a metodologia da “escutatória” de maneira dinâmica e utilizou como pergunta - base “quais os desafios de se fazer sindicalismo na Amazônia, no Pará”. A dinâmica da escutatória percorreu os caminhos   do sindicalismo através de barcos, ônibus e trens, percorrendo os eixos Democracia, Educação,Trabalho, Desenvolvimento  e Organização

 

"Ouvir, mapear as realidades, construir com todo mundo participando, isso foi sem dúvida um dos pontos altos das plenárias e vai enriquecer e dar subsídios valiosos à Central e ao conjunto da classe trabalhadora no Pará. Destaco como importante também o sentimento de pertencimento de que todos e todas somos CUT. Uma maravilhosa inovação” -  Euci Ana Gonçalves, secretária de Organização e Formação da Fetagri-PA e dirigente da CUT-PA

 

Última Plenária Macrorregional

 

 

 

A retomada da bandeira de lutas  como a Reforma Agrária, a intensificação no processo de Não à Terceirização, o fortalecimento e ampliação da rede de comunicação da Central e fortaleça a luta pela democratização da mídia  foram alguns dos pontos mais importantes debatidos  durante a 5º Plenária em Marbá.

 

Além disso, também foi pautado  que  os sindicatos e CUT como todo retome e intensifique a participação nos conselhos de políticas públicas, sendo protagonista na reivindicação de participação desses conselhos, e também in/formação sobre negociação coletiva. 

 

Durante o processo também foi ressaltado que é preciso disputar o ponto de vista da classe trabalhadora no modelo de desenvolvimento amazônico, pois o atual modelo serve apenas aos interesses do grande capital, exclui, segrega e nada deixa aos trabalhadores e à própria região.

 

Para Vera Paoloni, Secretária de Comunicação da Central e Coordenadora adjunta do Congresso Nacional da CUT/CONCUT: "as 5 plenárias que a CUT- PA percorreu em todo o Pará,  indo aonde o povo está, escutando muito, foi um processo de interiorização democrática e participativa, colhendo propostas que vão indicar os rumos próximos das lutas pra garantir direitos, democracia e mais integração da classe trabalhadora. Terminamos as 5 plenárias com vários barcos e trens cheios de bagagens/ proposições vitais para estratégias e planos de luta. Um processo rico, vitorioso e com muita energia. A cara da CUT- PA".

 

Agradecimento

 

A CUT-Pará agradece as regionais, os sindicatos que cederam seus espaços para a realização de cada plenária, os  funcionários da  Central,  cada um e cada uma que se envolveu  de forma animadora, acolhedora., demonstrando assim o verdadeiro espírito da solidariedade cutista.

 

SOMOS FORTES! SOMOS CUT!