Escrito por: Redação CUT

Ouro de Beth Gomes é o 12º do Brasil no Japão e o 99º dos jogos paralímpicos

Claudiney Batista também ganhou medalha de ouro no lançamento de disco na classe F56. Beth bateu recorde mundial no lançamento de disco na classe F52 e Claudiney quebrou seu proprio recorde 

Wander Roberto/CPB

No sétimo dia das Paralimpíadas de Tóquio-2020, o Brasil ocupa o sexto lugar no quadro geral de medalhas. São 35 no total, sendo 12 de ouro, oito de prata e 15 de bronze.

Com a 12ª medalha de ouro conquistada em Tóquio na manhã desta segunda-feira (30) por Elizabeth Gomes no lançamento de disco, o Brasil soma 99 na história dos Jogos. 

Também conquistou medalha de ouro nesta segunda Claudiney Batista (lançamento de disco na classe F56). É o segundo ouro paralímpico de Claudiney, que foi campeão nos Jogos Rio 20216. Em Tóquio, o atleta quebrou o seu recorde ao atingir a marca de 45,59m. O indiano Yogesh Kathuniya ficou com a prata (44,38m), e o cubano Leonardo Aldana Diaz, com bronze (43,36m).

A mineira Silvânia Costa, de 34 anos, garantiu o bicampeonato paralímpico no salto em distância da classe T11, para deficientes visuais. Ela havia cnquistado ouro na Rio 2016 enquanto estava grávida. No Japão, Silvânia queimou as duas primeiras tentativas e foi mal nas duas seguintes. Apenas no quinto e penúltimo salto, a brasileira cravou 5,00 metros no salto, que lhe deu o primeiro lugar. A uzbeque Asila Mirzayorova (4m91) ficou com a prata e a ucraniana Yuliia Pavlenko (4m86) levou o bronze.

Também conquistaram ouro Alana Maldonado (judô na categoria até 70kg), Mariana D'Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg), Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (5.000m da classe T11), Wallace dos Santos (arremesso de peso pela classe F55) e Maria Carolina Santiago, medalha de ouro nos 50m livre da classe S13 e bronze nos 100m costas na classe S12.

A medalha de Beth  

Aos 56 anos, Elizabeth Gomes confirmou o favoritismo e conquistou medalha de ouro no lançamento de disco, na classe F52, com a marca de 17,62m - novo recorde mundial da prova. As ucranianas Iana Lebiedieva (15,48m) e Zoia Ovsii (14,37m) completaram o pódio.

A paulista foi a última a fazer seus lançamentos e superou as adversárias logo na primeira tentativa ao cravar 15,68m. Mesmo com a medalha garantida no peito, Beth seguiu competindo até alcançar a marca que lhe valeu o ouro e o recorde mundial.

Elizabeth era jogadora de vôlei em 1993 quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. Demorou para aceitar a doença até conhecer o basquete em cadeira de rodas, em Santos. Descobriu o atletismo no mesmo local onde treinava. Beth é a atual recordista mundial do lançamento de disco.

Entre as suas principais conquistas estão o ouro no lançamento de disco no Mundial Dubai, em 2019, o ouro no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos Lima, também em 2019, o bronze no arremesso de peso no Mundial Doha, em 2015, além do ouro no lançamento de disco e a prata no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos Toronto, em 2015.