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País bate recorde de informalidade e desemprego atinge 12,4 milhões de brasileiros

Taxa de desemprego entre agosto e outubro registrou leve recuo de -0,2 pontos percentuais puxada por contratações de trabalhadores sem carteira e por conta própria, ou seja sem direitos

Publicado: 29 Novembro, 2019 - 12h01 | Última modificação: 29 Novembro, 2019 - 16h19

Escrito por: Redação CUT

Marcello Casal jr/Agência Brasil
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Com mais um recorde no avanço da informalidade, a taxa de desemprego registrou leve queda no trimestre móvel encerrado em outubro, mas ainda atinge 12,4 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (29), a taxa de desemprego caiu 0,2% ponto percentual entre agosto e outubro e ficou em 11,6%. No trimestre encerrado em junho a taxa foi de 11,8%.

O trabalho sem carteira assinada e por conta própria bateram novo recorde entre agosto e outubro, segundo o IBGE. O número de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada contratado pelo setor privado subiu, em 2019, para 11,9 milhões, ou 2,4% (mais 280 mil pessoas) sem direitos. Outros 4.565 domésticos também não têm carteira assinada.  

Já o total dos que trabalham por conta própria, subiu para 24,4 milhões de pessoas, o que representa uma alta de 3,9% (mais 913 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada ficou estável em relação ao trimestre anterior e na comparação anual e somou 33,2 milhões de trabalhadores.

A taxa de subutilização da força de trabalho caiu, puxada pelo aumento da jornada de trabalho dos informais e pela redução do contingente dos que trabalham menos de 40 horas semanais – subocupados por insuficiência de horas trabalhadas - de 24,6% no trimestre móvel anterior para 23,8%, mas ainda atinge 27,1 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

De acordo com a analista da pesquisa do IBGE Adriana Beringuy, a redução da taxa de subutilização da força de trabalho está relacionada “a um maior número de pessoas trabalhando mais horas, o que diminui o contingente de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas”, ou seja, aqueles que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam e estavam disponíveis para trabalhar mais.  

O número de subocupados diminuiu 4,5% em relação ao trimestre anterior, com uma redução de 332 mil pessoas, atingindo 7 milhões de trabalhadores.

O número de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) também recuou, para 4,6 milhões, com queda de 4,5% (menos 217 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior, mas estatisticamente estável frente ao mesmo trimestre de 2018.

Confira alguns números do trimestre encerrado em outubro da Pnad

Taxa de desemprego                 11,6%

Total de desempregados            12,4 milhões de pessoas

Taxa de subutilização                 23,8%

Total de subutilizados                 27,1 milhões

Desalentados                               4,6 milhões

Sem carteira                               11,9 milhões

Por conta própria                        24,4 milhões