País registra 1º caso de subvariante ômicron XE e aumentam testes positivos em SP

O Brasil registrou o primeiro caso de Covid-19 provocada pela subvariante ômicron XE, potencialmente mais transmissível que outras da mesma cepa. O paciente, segundo o jornal O Globo que teve acesso ao laudo do Instituto Butantã, é um homem de 39 anos que vive em São Paulo. Na cidade, os testes positivos da doença voltaram a subir nas farmácias  depois de atravessar um período de oito semanas em queda, segundo dados da plataforma da Associação das Grandes Redes de Drogarias (Abrafarma).

A informação sobre o caso de contaminação com a nova varianre foi confirmada pelo Ministério da Saúde, após o Butantan identificar a sublinhagem a partir do sequenciamento genômico. A amostra foi coletada em 7 de março e só agora teve a confirmação. No laudo consta que caso é de “provável origem” da África do Sul.

O Ministério da Saúde confirmou que foi notificado na quarta-feira pelo Butantan sobre o primeiro caso da variante XE. A pasta afirmou ainda que faz "o constante monitoramento do cenário epidemiológico da Covid-19", e defendeu a importância de completar o esquema vacinal para evitar o avanço de novas variantes no Brasil.

No entanto, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a nova subvariante da ômicron não representa uma preocupação diante do cenário de saúde pública. Os sintomas apresentados são: coriza, distúrbios de olfato e de paladar, dor de cabeça, tosse, febre e dor de garganta.

Já a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, informou que o homem teve somente sintomas leves. "Permanece sob monitoramento das vigilâncias estadual e municipal de São Paulo", disse em nota, a secretaria.

O primeiro caso da subvariante XE foi detectado em 19 de janeiro deste ano, no Reino Unido. Até o momento existem 473 casos no mundo, sendo três registrados na América do Norte e 470 na Europa. No Reino Unido, segundo o último boletim de variantes divulgado, já há 637 casos confirmados de XE.

Teste de Covid-19 volta a subir nas farmácias

Segundo a pesquisa Abrafarma, realizada entre os dias 21 e 27 de março, o número de testes positivos de Covid-19 quase dobrou em uma semana nas farmácias brasileiras.

Foram mais de 13 mil casos confirmados no período,  mais de 15% das testagens, ante uma proporção inferior a 10% na semana anterior.

O aumento de casos acontece depois do relaxamento das medidas para conter a disseminação da doença, como o uso de máscaras e distanciamento social.

No dia 17 de março, o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados em todo o estado. A medida foi contestada por muitos especialistas, que acharam cedo demais para a liberação.

Em outros estados as medidas para conter a disseminação também foram relaxas, como é o caso do Rio de Janeiro.

Dados da pandemia

Em 24 horas, o Brasil registrou 250 mortes e 26.502 novos casos da doença, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

A média móvel de óbitos segue em queda e chegou a 174, menor número desde 17 de janeiro quando o índice foi 154. Já a média de casos atingiu 20.837. Esses sãos menores registros no país, após o surto de ômicron que levou a um aumento de casos e mortes em consequência de complicações provocadas pela  pela doença entre janeiro e fevereiro.

No total, desde o início da pandemia, em março de 2020, o pais registrou 30.093.751 casos e 660.973 mortes por Covid-19.