Escrito por: Vinicius Lousada, da CNQ-CUT
Paralisações já ocorrem em Suzano, Piracicaba e Limeira; Novas reuniões de negociação acontecem nesta quinta-feira
Papeleiros de São Paulo estão mobilizados e já paralisaram as atividades em algumas cidades contra proposta patronal de reajuste salarial que consideraram absurda.
Em campanha salarial, a categoria reivindica reposição integral da inflação da data-base, de 10,78%, e aumento real de 3% nos salários.
A contraproposta patronal, já rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça de Mogi das Cruzes, é de reajuste abaixo da inflação (8,78%), dividido em três vezes, até o ano que vem:
. 5% a partir de 1º de outubro;
. 1,91% em 1º de janeiro de 2021; e,
. 1,87% em 1º de março.
Os trabalhadores e trabalhadoras reagiram à proposta entrando em estado de greve em várias regiões de São Paulo e paralisando as atividades por algumas horas em alguns locais de trabalho.
Na segunda-feira (25), trabalhadoras e trabalhadores da Kimberly-Clark, em Mogi das Cruzes, ficaram parados por quatro horas.
No mesmo dia, ainda em protesto contra a proposta dos patrões, companheiras e companheiros da Klabin, em Piracicaba, paralisaram as atividades por duas horas,
Na terça-feira (26), na cidade de Suzano, a ação sindical ocorreu na Klabin e na fábrica C da empresa Suzano.
Nesta quarta-feira (27), a mobilização foi na unidade da Suzano de Limeira.
O presidente do sindicato e secretário setorial da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT (CNQ-CUT), Márcio de Paula Cruz, o Bob, alerta que a organização de outras paralisações ou a deflagração de greve dependem do resultado de reuniões agendadas para esta quinta-feira (28), às 10h, com os setores de papel e celulose; e, às 14h, com o setor de papel ondulado.
*Edição: Marize Muniz