Escrito por: Viviane Barbosa, Redação CNTTL

Paralisação atinge 80% dos caminhoneiros em Ijuí-RS

Os caminhoneiros cobram do Governo Bolsonaro uma revisão da política de preços da Petrobras, do Congresso Nacional a aprovação da aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho e do STF celeridade no julgamento

Os caminhoneiros autônomos de Ijuí (RS) iniciaram nesta segunda-feira (26) paralisação, que acontece no entroncamento da BR 285 com a ERS-342, segundo maior entroncamento do estado do Rio Grande do Sul.

O local liga o Mercosul ao Porto de Rio Grande. Nessa região são transportados peças, papel e demais produtos de exportação da indústria brasileira para Argentina e Chile. No domingo (25), os caminhoneiros colocaram faixas com reivindicações (foto matéria), mas foram retiradas pela Polícia Rodoviária Federal no mesmo dia.

A paralisação em Ijuí atinge 80% dos caminhoneiros autônomos da região, segundo o caminhoneiro autônomo, Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) e presidente do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga) de Ijuí-RS.

"Aqui só está circulando os caminhões das empresas. Pedimos a todos que não rodem, se dirijam aos pontos de concentração. Estamos nessa luta em defesa do Piso Mínimo de Frete, do preço justo do Diesel e pela aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho. Precisamos dar um basta aos preços do Diesel. Vamos à vitória. Nossa adesão precisa ser crescente", informa o líder do movimento.

Litti disse que a paralisação dos caminhoneiros de Ijuí continuará até que o Governo Bolsonaro, a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF) atendam às pautas da categoria.

Mais de 15 estados têm movimentação

Os protestos e paralisações dos caminhoneiros iniciaram ontem domingo (25) -- Dia do Motorista -- e atingiram mais de 15 estados no país. Nesta segunda-feira (26), os caminhoneiros das cidades de Barbacena (MG), São Paulo (Santos),  Ijuí (RS), Barra Mansa (Rio de Janeiro) Petrolina (PE), João Pessoa (Paraíba) Ceará e Paraná continuam parados.

Os caminhoneiros cobram do Governo Bolsonaro uma revisão da política de preços da Petrobras,  do Congresso Nacional a aprovação da aposentadoria especial para caminhoneiros autônomos com 25 anos de contribuição e do STF celeridade no julgamento da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete.

A qualquer momento, noticiaremos mais informações do movimento grevista dos caminhoneiros pelo país. Acompanhem pelas redes sociais da CNTTL.