Parte do Judiciário coloca em xeque parcialidade da justiça
Para Feijóo, momento é de parcialidade e instrumentalização da Justiça
Publicado: 09 Janeiro, 2018 - 12h18 | Última modificação: 09 Janeiro, 2018 - 12h37
Escrito por: Redação RBA
O analista político da TVT, José Lopez Feijóo, analisa a imparcialidade de membros do Judiciário. Para ele, a aplicação rigorosa da lei e obediência aos princípios constitucionais foram descartadas por parcela de membros da Justiça, do Ministério Público e até de funcionários destes organismos estatais.
O comentarista cita dois casos de representantes do Judiciário que têm colocado suas preferências políticas acima da imparcialidade. O primeiro é de Daniela Kreling Lau, chefe de gabinete do presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores. Em seu Facebook, ela diz que "o Brasil inteiro exige a prisão de Lula" e convoca usuários da rede social a assinarem um manifesto virtual sobre o tema. O mesmo é visto nas páginas de Ivanice Grosskopf, diretora da secretaria da 13ª Vara Federal de Curitiba e assistente direta do juiz Sérgio Moro.
"O desembargador presidente do tribunal de Porto Alegre se apressou a dizer de que ela tem direito, como cidadã, de fazer isso. É verdade, como cidadã ela tem muitos direitos, mas como funcionária de um tribunal que vai julgar Lula, no próximo dia 24 de janeiro, ela deveria se abster desse tipo de opinião, porque isso induz (a pensar) que o tribunal não está sendo imparcial", diz Feijóo.
O comentarista diz que fica mais difícil crer na balança da Justiça.
"Como acreditar na imparcialidade dos juízes, se eles estão submetidos a uma enorme pressão da mídia corporativa que quer a condenação de Lula para retira-lo do processo eleitoral de 2018. Como acreditar na imparcialidade dos juízes, se o relator é amigo pessoal de Sergio Moro. São muitos os sinais de que nós estamos vivendo um momento de administração parcial da justiça e a instrumentalização dela para perseguição política", completa.
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