Escrito por: Redação CUT

Participe da campanha de financiamento do Festival Lula Livre

A campanha está no ar, doe e participe do Festival que será realizado em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, dia 02 de junho. Nomes como Arnaldo Antunes, Chico César, Otto e Fernanda Takai estão confirmados

Reprodução

Dezenas de artistas se uniram novamente em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, mantido preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal desde abril do ano passado. Desta vez, o Festival Lula Livre será realizado no Vale do Anhangabáu, em São Paulo, no dia 02 de junho. Diversos artistas doaram seu trabalho e uma vaquinha online foi lançada para que o evento histórico possa ser realizado. Clique AQUI e contribua.

Nomes como Arnaldo Antunes, Chico César, Otto, Felipe Catto, Francisco El Hombre, Mombojó, Slam das Mina, Aláfia, Fernanda Takai, Dead Fish e Márcia Castro já estão confirmados. Eles vão se unir a outros músicos e bandas em um ato artístico que pede justiça para o ex-presidente que está preso arbitrariamente da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba desde 7 de abril de 2018, há mais de um ano.

No ano passado, o Festival foi realizado no Rio de Janeiro, onde mais de 60 mil pessoas estiveram na Lapa, no Centro, da capital carioca. Dentre os artistas que participaram do evento estão Chico Buarque, Gilberto Gil, Jards Macalé, Chico César, Noca da Portela, Nelson Sargento e Odair José. O evento também contou com a presença de Beth Carvalho, que entoou o samba Lula Livre.

Relembre:

Som pela liberdade de Lula

O Festival Lula Livre é uma iniciativa de diversos artistas, juristas e do Instituto Lula, a exemplo do que ocorreu no Rio de Janeiro, em julho do ano passado. O protesto une arte e música defesa da liberdade de Lula, justiça e pela democracia e será realizado no centro da cidade de São Paulo, no Vale do Anhangabaú. A direção musical estará a cargo de Michelle Abu e de Daniel Ganjaman, e a direção artística de Luís Fernando Lobo.

Nas redes sociais e no site do Instituto Lula, a convocação lembra que a prisão política de Lula – que ontem teve sua pena reduzida – simboliza a onda de retrocessos no país.

“Viramos o país onde o trabalho não tem mais regulação, o salário mínimo virou lenda e a única liberdade que existe é o aumento da nossa exploração. Um país que desrespeita os vizinhos latinos e lambe as botas dos Estados Unidos; onde o presidente celebra a ditadura militar e incentiva a perseguição de professores enquanto escolas e universidades não recebem investimento digno; onde um pai de família é assassinado com 80 tiros pelo exército e as autoridades nada dizem; onde ninguém sabe até hoje quem mandou matar Marielle Franco! Vamos juntas e juntos chamar a atenção do Brasil e do mundo para a situação política em que se vive atualmente no país e para a ilegalidade da prisão do ex-presidente.”

Manifesto

Lançado em 16 de abril, o manifesto O Som pela Liberdade reúne mais de 10 mil assinaturas. Nomes tão diversos como Chico Buarque, Gilberto Gil, Yamandu Costa, Martinho da Vila, Arnaldo Antunes, Leci Brandão, Noca da Portela, o maestro John Neschiling, o escritor moçambicano Mia Couto, o brasileiro Raduan Nassar, os jornalistas Fernando Morais e Eric Nepomuceno são acompanhados pelo sociólogo português Boaventura de Sousa Santos e os religiosos Leonardo Boff e Frei Betto.

Atores como José de Abreu, José Celso Martinez Corrêa, Marieta Severo, Camila Pitanga, Herson Capri, Celso Frateschi, Bemvindo Sequeira, Osmar Prado, Guta Stresser, Tuca Moraes, Bete Mendes, Antônio Pitanga, dividem espaço na lista com cineastas como Anna Muylaert, Tata Amaral, Silvio Tendler, Viviane Ferreira, Eliane Café, Marina Person, políticos como Fernando Haddad, Dilma Rousseff, Guilherme Boulos, Manuela D’Ávila, Juca Ferreira.

“Ninguém vai me acorrentar

Enquanto eu puder cantar

Enquanto eu puder sorrir

Você já se imaginou, por um mísero minuto sequer, viver privado injustamente da sua liberdade?”

Abrindo com letra da música Cordão, de Chico (de 1971), o manifesto provoca as pessoas a pensarem na injustiça cometida contra o ex-presidente.

“O que a prisão de Lula tem a ver com você? Olhe em volta. Sabe esse nó na garganta que você sente com o bombardeio diário de problemas, esse sentimento de andar em marcha à ré enquanto crescem ao seu redor os sem emprego, os sem teto, os sem comida? A angústia de imaginar que, em breve, querem juntar ao bonde dos sem direitos, os sem aposentadoria, os sem universidade, os sem voz? Não se engane. Lula é vítima de um processo forjado, de um arranjo ilegal de interesses”, afirma o texto, citando retrocessos vivenciados pelos brasileiros no último ano.

“Lutar pela liberdade de Lula é enfrentar o caos. É desatar o nó na garganta que está nos sufocando. É encarar os irresponsáveis que puseram o Brasil à deriva, exigir justiça e democracia, dignidade e direitos.”

Com informações do PT e da Rede Brasil Atual