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PB: Em greve, servidores de Bayeux reivindicam pagamento do piso, retroativos e PCCR

Servidores de Bayeux, município da região metropolitana de João Pessoa, entram no 17º dia de greve. Em Picuí, educadores também pararam na quarta pelo pagamento do piso

Publicado: 17 Março, 2023 - 17h01 | Última modificação: 17 Março, 2023 - 17h37

Escrito por: CUT-PB

CUT-PB
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Pelo pagamento do piso do magistério 2023, de R$ 4.420,55, piso da enfermagem e outras reivindicações servidores públicos municipais da Paraíba se mobilizam e fazem paralisações em várias cidades, como em Bayeux e Picuí.

Em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, após duas paralisações e uma greve por tempo determinado de doze dias, os servidores municipais entraram em greve por tempo indeterminado que completa, nesta sexta-feira (17), dezessete dias.

As principais pautas são o cumprimento dos Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) das categorias, com respectivos reajustes salarias e o cumprimento dos pisos e direitos conquistados e previstos em lei.

“Nós estamos cobrando o cumprimento das tabelas salarias 2023 da saúde, do apoio, dos fiscais, da vigilância e do magistério”, diz Germana Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux (Sintramb).

“O reajuste do magistério, segundo Germana, foi “implantado em abril do ano passado, mas a gestão não pagou os três primeiros meses, nem aplicou o reajuste deste ano, já determinado pelo Ministério da Educação”.

A dirigente complementa falando sobre a situação de outras categorias que aguardam os reajustes. Entre essas categorias está a enfermagem que continua aguardando a implantação do piso salarial, já sancionado pelo governo federal; o retroativo dos vigilantes, referente ao ano de 2022; o incentivo dos agentes de saúde pelo trabalho durante a pandemia, referentes aos anos 2019, 2020 e 2022; e melhoria nas condições de trabalho.

De acordo com Germana, a gestão se cala em relação às reivindicações dos servidores e não abre diálogo para negociação, alegando que não tem condições de arcar com o que rege a lei do piso e PCCR das categorias.

“Lamentamos que uma prefeita eleita delegue sua gestão para outras pessoas, não tenha poder de decisão e se mantenha em silêncio, enquanto os servidores vêm aguardando abertura de negociações e propostas concretas com possibilidade de acordo, diante desta inércia, a categoria decidiu por exercer seu direito de greve, até que a prefeitura apresente uma contraproposta viável”, afirmou a presidente do Sintramb.

Segundo a dirigente, nesta quinta-feira (16), o sindicato e os servidores teriam uma reunião com a prefeita do município de Bayeux mas, mais uma vez, a gestão se ausentou do debate e da negociação, deixando os servidores ainda mais determinados em manter a greve.

“Os servidores exigem respeito e aguardamos propostas concretas e diálogo por parte da gestão”, ressalta Germana Vasconcelos.

Profissionais da Educação de Picuí

Em Picuí, município da região do Curimataú paraibano, a principal bandeira de luta das entidades representativas de trabalhadores públicos também é exigir das gestões municipais o cumprimento dos pisos e PCCR das categorias, em especial do pessoal da enfermagem e do magistério.

Os profissionais de Educação de Picuí cruzaram os braços na última quarta-feira (15) para protestar contra o não cumprimento do piso do magistério.  

“Lamentamos que os trabalhadores/as precisem ir às ruas para exigir que seja cumprido um direito garantido por lei desde 2008, principalmente em se tratando de uma gestão que se autodeclara democrática e popular,” disse Janiel César, dirigente do Sindicato dos Servidores Públicos  Municipais do Curimataú e Seridó paraibanos (SINPUC).   

A direção da CUT-Paraíba está na luta junto a esses sindicatos, contribuindo com o trabalho de mobilização das categorias, dando todo o respaldo aos movimentos dos trabalhadores, mas também na tentativa de abertura de negociações com as gestões municipais.