Escrito por: CUT-PB
Servidores de Bayeux, município da região metropolitana de João Pessoa, entram no 17º dia de greve. Em Picuí, educadores também pararam na quarta pelo pagamento do piso
Pelo pagamento do piso do magistério 2023, de R$ 4.420,55, piso da enfermagem e outras reivindicações servidores públicos municipais da Paraíba se mobilizam e fazem paralisações em várias cidades, como em Bayeux e Picuí.
Em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, após duas paralisações e uma greve por tempo determinado de doze dias, os servidores municipais entraram em greve por tempo indeterminado que completa, nesta sexta-feira (17), dezessete dias.
As principais pautas são o cumprimento dos Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) das categorias, com respectivos reajustes salarias e o cumprimento dos pisos e direitos conquistados e previstos em lei.
“Nós estamos cobrando o cumprimento das tabelas salarias 2023 da saúde, do apoio, dos fiscais, da vigilância e do magistério”, diz Germana Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux (Sintramb).
“O reajuste do magistério, segundo Germana, foi “implantado em abril do ano passado, mas a gestão não pagou os três primeiros meses, nem aplicou o reajuste deste ano, já determinado pelo Ministério da Educação”.
A dirigente complementa falando sobre a situação de outras categorias que aguardam os reajustes. Entre essas categorias está a enfermagem que continua aguardando a implantação do piso salarial, já sancionado pelo governo federal; o retroativo dos vigilantes, referente ao ano de 2022; o incentivo dos agentes de saúde pelo trabalho durante a pandemia, referentes aos anos 2019, 2020 e 2022; e melhoria nas condições de trabalho.
De acordo com Germana, a gestão se cala em relação às reivindicações dos servidores e não abre diálogo para negociação, alegando que não tem condições de arcar com o que rege a lei do piso e PCCR das categorias.
“Lamentamos que uma prefeita eleita delegue sua gestão para outras pessoas, não tenha poder de decisão e se mantenha em silêncio, enquanto os servidores vêm aguardando abertura de negociações e propostas concretas com possibilidade de acordo, diante desta inércia, a categoria decidiu por exercer seu direito de greve, até que a prefeitura apresente uma contraproposta viável”, afirmou a presidente do Sintramb.
Segundo a dirigente, nesta quinta-feira (16), o sindicato e os servidores teriam uma reunião com a prefeita do município de Bayeux mas, mais uma vez, a gestão se ausentou do debate e da negociação, deixando os servidores ainda mais determinados em manter a greve.
“Os servidores exigem respeito e aguardamos propostas concretas e diálogo por parte da gestão”, ressalta Germana Vasconcelos.
Profissionais da Educação de Picuí
Em Picuí, município da região do Curimataú paraibano, a principal bandeira de luta das entidades representativas de trabalhadores públicos também é exigir das gestões municipais o cumprimento dos pisos e PCCR das categorias, em especial do pessoal da enfermagem e do magistério.
Os profissionais de Educação de Picuí cruzaram os braços na última quarta-feira (15) para protestar contra o não cumprimento do piso do magistério.
“Lamentamos que os trabalhadores/as precisem ir às ruas para exigir que seja cumprido um direito garantido por lei desde 2008, principalmente em se tratando de uma gestão que se autodeclara democrática e popular,” disse Janiel César, dirigente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Curimataú e Seridó paraibanos (SINPUC).
A direção da CUT-Paraíba está na luta junto a esses sindicatos, contribuindo com o trabalho de mobilização das categorias, dando todo o respaldo aos movimentos dos trabalhadores, mas também na tentativa de abertura de negociações com as gestões municipais.