Escrito por: CNTT-CUT

Pedágios em São Paulo terão aumento...

 

O governo de Geraldo Alckmin cedeu e anunciou o aumento das tarifas de pedágio para o próximo dia 1º de julho: 6,5% será o índice de reajuste, calculado pelo IPCA para os 6,4 mil quilômetros da malha rodoviária concedida à iniciativa privada, nas 127 praças de pedágio do Estado de São Paulo.

 

O aumento das tarifas foi suspenso ano passado devido às manifestações de rua, mas os lucros das empresas se mantiveram elevados. Devido à suspensão do aumento do último ano, foi utilizada uma medida compensatória de cobrança por eixo suspenso de caminhões, que não entravam na cobrança da tarifa até então. As viagens pedagiadas mais caras são as da rodovia Marechal Rondon, com 14 praças de cobrança. Com o aumento programado para o começo do próximo mês, o percurso entre São Paulo e a Baixada Santista, do sistema Anchieta-Imigrantes, deve passar de R$ 21,20 para R$ 22,55.

 

Bancada petista contesta a medida

Embora o reajuste esteja previsto nos contratos entre o governo e as concessionárias, as empresas que administram as rodovias tiveram um lucro indevido de R$ 2 bilhões até 2012 devido a aditivos assinados em 2006, que prorrogam os contratos até 2018. O lucro elevado das concessionárias é objeto de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que está em andamento na Assembleia Legislativa do Estado. Os deputados da bancada do PT questionam os lucros exorbitantes das empresas, e apresentaram um requerimento sugerindo ao governador que suspenda esse reajuste.