Pelo impeachment de Bolsonaro, artistas se unem em ato virtual nesta segunda (31)
Live reforça o manifesto, lançado em 10 de maio, que denuncia a atuação genocida de Bolsonaro desde que foi eleito. Abaixo-assinado já tem mais de 30 mil assinaturas
Publicado: 31 Maio, 2021 - 12h18 | Última modificação: 31 Maio, 2021 - 12h45
Escrito por: Redação CUT
Nesta segunda-feira (31), mais uma vez, artistas e intelectuais se unem em um encontro virtual com espírito de protesto contra o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL). A live “Re-existências: reflexões sobre novos imaginários”, organizada pelo coletivo Jornalistas Livres, é uma proposta de debate sobre a tragédia que o Brasil vive por causa do projeto genocida de Bolsonaro. Já são mais de 462 mil mortos por Covid-19 – vidas que poderiam ter sido salvas não fosse a irresponsabilidade do presidente –, especialmente a não comprar a quantidade suficiente e rapidamente as vacinas contra a doença que, como foi comprovado em Serrana, no interior de São Paulo, salvam vidas.
O ato virtual reforça o manifesto “Artistas e Sociedade pelo Impeachment”, lançado no dia 10 de maio e que pede o impeachment de Bolsonaro. O abaixo assinado, que já tem a adesão de mais de 30 mil pessoas, é uma convocação de luta contra a desastrosa (e destrutiva) atuação de Bolsonaro desde que foi eleito.
O encontro virtual desta segunda-feira terá participação de artistas, personalidades e representantes da sociedade civil como José de Abreu, Paulo Galo Lima (Entregadores Antifacistas), Bruno Garcia, Douglas Belchior, Karina Buhr, João Paulo Rodrigues (MST), Max B.O., Marcus Lucenna, Beth de Oxum, Ângela Mendes (Aliança dos Povos da Floresta), Maurício Tizumba, Cristina Pereira, Sérgio Mamberti, Dona Carmen Silva (MSTC), Breno Altman, Juca Kfouri, Symmy Larrat (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos), Iago Montalvão (UNE), Natália Andrade (Levante Feminista e UBM), André Constantine (Movimento Nacional das Favelas), Carol Proner (Associação de Juristas pela Democracia), Eduardo Moreira (Instituto Conhecimento Liberta – #somos70porcento), entre outros.
Além das redes sociais dos Jornalistas Livres, a transmissão, que começa às 18h, será feita também pelas redes da CUT.
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O manifesto
O texto do abaixo-assinado já começa descrevendo: “se pudessem ser enfileirados, os mortos pela covid-19, apenas no Brasil, formariam um inacreditável corredor capaz de cobrir uma vez e meia a distância entre a Terra e a Lua. Estamos no epicentro mundial da pandemia e seguimos em clara progressão. Os números do mês de abril ultrapassaram todas as métricas mundiais e a tendência é de piora no quadro. Todos os dias o país afunda, desaba, morre sufocado. O comandante deste barco que naufraga, e segue em direção aos recifes, tem nome e sobrenomes conhecidos: Jair Messias Bolsonaro”.
O manifesto encerra convidando a sociedade brasileira a uma unificação dos diversos esforços sociais, políticos e culturais visando a “estancar o genocídio” nacional: “A democracia, hoje, não é uma abstração, é uma afirmação da cidadania e uma convocação à vida”. O texto observa que o Congresso Nacional tem mais de 100 processos de impeachment aguardando apreciação. E defende a discussão ampla de um “processo de impugnação do atual mandato da presidência da República”.
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