Perseguição a Lula será denunciada no Parlamento Europeu
Petistas vão denunciar a caçada jurídica promovida contra o ex-presidente Lula
Publicado: 21 Fevereiro, 2018 - 16h06 | Última modificação: 24 Fevereiro, 2018 - 13h39
Escrito por: CUT Nacional
Para denunciar ao mundo a perseguição que o ex-presidente Lula vem sofrendo por parte do Judiciário e de setores políticos e empresariais que querem influenciar no processo eleitoral brasileiro, o líder da oposição e membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Humberto Costa (PT/PE), e a secretária de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores, Mônica Valente, viajarão no próximo dia sábado (24) a Bruxelas, capital da Bélgica, sede do Parlamento Europeu.
Em Bruxelas, os petistas se reunirão, até o dia 2 de março, com deputados de esquerda do Parlamento Europeu, dirigentes da Confederação Sindical Internacional (CSI) e das Fundação Friedrich Ebert- seção Europa, ligada ao Partido Social Democrata Alemão.
Para Humberto Costa, a perseguição a Lula é um ato deliberado para evitar que o petista, líder nas pesquisas de intenção de votos, possa concorrer nas eleições deste ano ao cargo de presidente da República, usurpado da ex-presidenta Dilma Rousseff, pelo golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB).
“O propósito da nossa ida ao Parlamento Europeu é denunciar, em mais este importante foro internacional, a caçada jurídica promovida contra o presidente Lula”, diz Humberto Costa.
Segundo ele, essa sanha persecutória contra Lula tem assombrado o mundo.
“É preciso que nós esclareçamos, ponto por ponto, a anomalia desse processo em que ele foi condenado”, explica o senador, que ressalta: “Acusado de um crime inexistente, condenado sem provas, Lula encarna uma das maiores barbaridades cometidas contra um cidadão num regime democrático”.
Para Humberto Costa, “a condução dessa caçada tem um propósito único: inviabilizar Lula eleitoralmente, retirando-o do processo eleitoral. E uma eleição da qual o maior líder político deste país seja impedido de participar será uma fraude, a falência da nossa jovem democracia. Isso precisa ser denunciado ao mundo”.
A denúncia
Mesmo sem provas, o juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, condenou Lula a 9 anos e meio de prisão no caso do tríplex do Guarujá. A sentença foi confirmada em 2ª instância pelos desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4), que aumentaram a pena para 12 anos e 1 mês de prisão.