Escrito por: Redação CUT
Produto é usado em gás encanado e nos carros a gás. Valor pode ser mais caro do que um botijão de 13 quilos, dependendo da forma como é utilizado pelo consumidor
A Petrobras aumentou em 19% o preço de venda de gás natural para as distribuidoras. O reajuste anunciado nesta sexta-feira (29), vale a partir de domingo.
O produto é matéria-prima do Gás Natural Veicular (GNV), que abastece os carros a gás, do gás de cozinha encanado e é fonte de energia para diversos setores da indústria.
O reajuste levou em conta as variações do petróleo brent e da taxa de câmbio, como estabelece a Política de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras, que faz o brasileiro pagar em dólar pelo petróleo produzido no próprio país. O PPI foi criado no governo do ilegítimo Michel Temer (MDB) e mantido pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na nota em que anuncia o reajuste, a Petrobras diz que o ajuste foi feito em relação ao trimestre fevereiro-março-abril e que os preços atualizados ficarão vigentes até 31 de julho.
A nota afirma ainda que “o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”. Ou seja, vai ficar ainda mais caro pro consumidor final.
Antes deste reajuste entrar em vigor, uma família de São Paulo que usa o gás encanado para cozinhar e esquentar água de torneiras e chuveiros, gasta em 50 dias mais do que se comprasse o também caro botijão de gás, que está custando, em média, R$ 116,00. Na Comgás, o custo de gás encanado é hoje de R$ 190,25, na GBD, R$ 225,48; e na Naturgy, R$ 186,77.
Se usar o consumidor utilizar o gás encanado apenas para cozinhar, em 50 dias, o custo pode sair por R$ 83,13 na Comgás; a R$ 97,78 na GBD e de R$ 92,87 na Naturgy, segundo levantamento do UOL.