Escrito por: RBA

Petroleiros criticam demora na nomeação de nova diretoria da Petros

“Vácuo” prejudica a imagem da Petros e favorece a criação de notícias falsas. FUP defende nome comprometido com direitos da categoria, em vez de profissionais ligados ao mercado financeiro

Divulgação

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou nesta segunda-feira (3) a demora para a nomeação da nova diretoria executiva do fundo de pensão da Petrobras, a Petros. Os petroleiros anotam que nesta semana completam-se noventa dias desde a saída do último presidente da entidade. E até o momento, não houve deliberação sobre a questão.

De acordo com a FUP, a demora excessiva, sem qualquer justificativa, prejudica a imagem da Petros perante os associados. Isso porque todas as demais Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) patrocinadas por empresas estatais já aprovaram suas novas direções.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, alerta que o atual vácuo favorece a criação de um ambiente de factoides e de notícias falsas. O objetivo, segundo ele, é interferir na composição da direção. “A Petros precisa de um presidente e de uma diretoria que conheçam os problemas da entidade, de seus participantes e assistidos, principalmente em relação aos déficits e equacionamentos dos Planos Petros do Sistema Petrobras (PPSPs), além da sustentabilidade dos planos no longo prazo”, afirmou.

A Federação afirma que os candidatos à diretoria já foram selecionados. Cabe agora ao Conselho Deliberativo nomear, de forma independente, os mais adequados aos objetivos da Fundação. Nesse sentido, os petroleiros afirmam que a escolha não pode se pautar apenas pelos currículos dos candidatos. Eles defendem nomes que tenham compromisso com os direitos acumulados pela categoria, além da experiência na gestão de fundos de pensão.

“A partir de 2016, todos os membros da direção da Petros passaram a ser ‘profissionais de mercado’ sem qualquer vínculo com a Fundação. Os péssimos resultados da Petros nesse período, além da tentativa de retirada de direitos dos participantes e assistidos, demonstraram que esse modelo de gestão não atende os participantes, os assistidos e as próprias patrocinadoras da entidade”, acrescentou.