Petroleiros aprovam greve contra desmonte de Parente
Categoria vai à luta contra desmonte da empresa e as negociatas da gestão Pedro Parente
Publicado: 15 Junho, 2017 - 03h47 | Última modificação: 15 Junho, 2017 - 11h23
Escrito por: FUP / CUT
Os trabalhadores da Petrobrás que atuam na área de refino estão aprovando greve por tempo indeterminado contra a redução dos efetivos na operação. A greve, cuja data ainda será anunciada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), já foi aprovada na Refap (RS), na Replan (Paulínia/SP), na Reduc (Duque de Caxias/RJ), na Reman (AM) e na Fafen-PR por mais de 90% dos trabalhadores. O mesmo vem acontecendo na Repar (PR), na Recap (SP), na Abreu e Lima (PE), na Rlam (BA), na Regap (MG) e na Lubnor (CE), onde a consulta aos trabalhadores começou na terça-feira (13), e prossegue ao longo da semana.
Na próxima segunda-feira, dia 19, data da reunião da Comissão de SMS, os petroleiros farão um esquenta da greve, com uma grande mobilização nacional por condições seguras de trabalho, envolvendo toda a categoria, em todo o Sistema Petrobrás. A redução de efetivos é reflexo direto do desmonte que a empresa vem sofrendo nos últimos anos e que foi potencializado pela gestão Pedro Parente, com a privatização de unidades e um plano de negócios que reduz drasticamente o papel da companhia no setor de energia.
O resultado dessa política é o aumento da terceirização e a precarização das condições de trabalho. O acidente na última sexta-feira (9), com o navio sonda da Odebrecht, fretado pela Petrobrás, é um exemplo trágico do desmonte da empresa, cujo setor de sondagem e perfuração está hoje nas mãos do setor privado. Três trabalhadores morreram, todos terceirizados. Apenas um dos feridos sobreviveu. Só com luta e organização, a categoria vai conseguir barrar o desmonte da Petrobrás, preservar os empregos e garantir respeito à vida.
Assembleia na Replan