Petroleiros iniciam greve, com paralisações e doação de sangue
Greve denuncia os efeitos nefastos do desmonte da empresa, como o aumento dos riscos de acidentes em função da redução drástica dos quadros de trabalhadores e das violações de normas de saúde e segurança
Publicado: 25 Novembro, 2019 - 18h43 | Última modificação: 25 Novembro, 2019 - 18h58
Escrito por: FUP
Os petroleiros iniciaram nesta segunda-feira (25) uma greve para denunciar os efeitos nefastos do desmonte da empresa, como o aumento dos riscos de acidentes em função da redução drástica dos quadros de trabalhadores e das violações de normas de saúde, segurança e meio ambiente.
A paralisação que é por tempo determinado - termina na sexta-feira (29) -, foi aprovada nas bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e atingiu diversas unidades do Sistema Petrobras no primeiro dia.
Pela manhã, os trabalhadores de bases administrativas se somaram às mobilizações, que também envolvem ações solidárias incentivadas pela FUP, como doação de sangue nesta segunda, dia internacional do doador.
A FUP garante que a greve não comprometerá as necessidades essenciais da população, pois não afeta o abastecimento de combustíveis.
Por empregos e segurança
As privatizações e o fechamento de unidades estão impactando diretamente os petroleiros, com planos de demissões e transferências em massa, sem qualquer negociação com a FUP e os sindicatos, o que fere o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Soma-se a isso, o aumento dos riscos de acidentes, em função da redução dos efetivos e do assédio por parte dos gestores, cujas metas para pagamento de bônus e concessão de vantagens incentivam o descumprimento de normas de saúde e segurança, o que viola o Acordo pactuado com os trabalhadores.
A sociedade também sofre com a privatização, pagando preços exorbitantes da gasolina, diesel e gás de cozinha, que irão disparar ainda mais com a venda de oito refinarias, que são responsáveis por metade de toda a produção de derivados de petróleo no país.
Onde estão tendo mobilizações?
As unidades do Sistema Petrobrás cujos trabalhadores estão realizando cortes na rendição dos turnos e atrasos, são:
. Refinaria Landulpho Alves (Rlam/BA),
. Refinaria Abreu e Lima (Rnest/PE),
. Terminal Aquaviário de Suape (PE),
. Refinaria de Manaus (Reman/AM),
. Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar/PR),
. Refinaria Alberto Pasqualini (Refap/RS),
. Araucária Nitrogenados (Fafen/PR),
. Refinaria Duque de Caxias (Reduc/RJ),
. Refinaria de Paulínia (Replan/SP),
. Refinaria de Capuava (Recap/SP),
. Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lunor/CE),
. Temoelétrica Ceará, e
. Terminal de Cabiúnas (Macaé/RJ).
Nas plataformas da Bacia de Campos e demais bases operacionais do Norte Fluminense, os trabalhadores estão aderido à Operação Emprego e Segurança, indicada pelo Sindipetro-NF para levantar irregularidades praticadas pela gestão da Petrobrás.
[FUP]