"Vai ter greve. E das grandes". Este é o recado das assembleias para o governo de Jair Bolsonaro (PL), caso insista em enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para privatização da Petrobras, como vem ameaçando desde outubro. Com aprovação massiva dos trabalhadores, o indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) de Estado Nacional de Greve já foi definido na grande maioria das bases da empresa.
Com exceção do Sindipetro Minas Gerais, que conclui as assembleias ao longo desta semana, os demais sindicatos já finalizaram a consulta aos trabalhadores em quase todas as bases, restando apenas duas assembleias a serem realizadas nesta quarta-feira (22), uma em Pernambuco e outra na Bahia.
Além do Estado de Greve, a categoria está aprovando também uma contribuição assistencial a ser recolhida pelos sindicatos ao longo de 2022 para custear atividades e mobilizações contra as privatizações no Sistema Petrobrás, como o fortalecimentos das Brigadas Petroleiras em Brasília. Esta ação deverá acontecer nos estados e municípios com objetivo de construir apoios da sociedade civil para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue as ações de inconstitucionalidade das vendas das refinarias e outros ativos que estão sendo feitas sem o aval do Poder Legislativo.
Nesta quarta-feira, 22, a FUP e os sindicatos realizam a última reunião do ano para avaliar o quadro nacional das assembleias e definir os próximos passos da luta contra o desmonte do Sistema Petrobras.