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Petrópolis entra em estado de calamidade após fortes chuvas; 54 pessoas morreram

OS bombeiros atenderam dezenas de chamadas e pelo menos 180 militares estão no local. Há áreas em que ainda não foi possível prestar socorro, devido à situação caótica da cidade

Publicado: 16 Fevereiro, 2022 - 12h56 | Última modificação: 16 Fevereiro, 2022 - 13h32

Escrito por: Redação CUT

@JoaoAlmirante2/Twitter
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As fortes chuvas que caíram na tarde desta terça-feira (15) em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, causou inundações, enxurradas e deslizamentos. Pelo menos 38 pessoas morreram, segundo o Corpo de Bombeiros. Até agora não se sabe o número de desaparecidos. Pessoas andam pelas ruas desde a madrugada procurando parentes e amigos. A Prefeitura decretou estado de calamidade.

Os bombeiros atenderam dezenas de chamadas e pelo menos 180 militares estão no local. Há áreas em que ainda não foi possível prestar socorro, devido à situação caótica da cidade. Até o meio da madrugada de hoje, haviam sido registradas 207 ocorrências, sendo 171 deslizamentos.

Vídeos, como estes publicados pelo jornalista André Trigueiro e pela educadora Lana de Holanda, que circulam nas redes sociais mostram carros sendo arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos.

Na região do Morro da Oficina, onde ocorreram desmoronamentos, crianças foram retiradas sujas de lama de uma escola, parcialmente destruída. Os bairros mais atingidos são Centro, Quitandinha, Caxambu, Alto da Serra, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e Chácara Flora.

Em seu perfil no Twitter, o ex-presidente Lula se solidarizou com a população e pediu para os brasileiros se unirem para ajudar a reconstruir a cidade.

Petrópolis sob lama

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, moradores relatam que, após o temporal, encontraram um cenário de guerra nas ruas de Petrópolis, com muita lama, casas destruídas ou alagadas, ferro retorcido e carros amontoados e destruídos. Corpos foram retirados das ruas durante a madrugada. O Alto da Serra foi uma das localidades mais devastadas. A prefeitura estima que pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina.

Segundo o Climatempo, o volume de água acumulada em Petrópolis, no período de seis horas, foi de 259 milímetros, acima da média esperada para o mês inteiro, que seria de 238,2 milímetros.

A Defesa Civil de Petrópolis informou que há previsão de chuva moderada a qualquer momento no município nesta quarta-feira (16) e também previsão de chuva nos próximos três dias, com possibilidade de ser forte amanhã (17) e na sexta (18).

Como ajudar

O Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis está arrecadando alimentos, cobertores, água potável, itens de higiene pessoal e de limpeza e roupas.

. As doações podem ser entregues na rua Monsenhor Bacelar, 400, centro.

. E também em dinheiro na conta do Banco do Brasil do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (agência 2885-1 e conta corrente 127599-2). O CNPJ é 27.219.757/0001-27.

A organização comunitária SOserra também está recebendo doações via Pix (24) 99303-8885.

A Cáritas Arquidiocesana de Petrópolis está aceitando doações em dinheiro. A transferência pode ser feita para o Banco Bradesco (agência 0814-1 e conta corrente 48500-4).

Sindicatos como o dos bancários, também estão pedindo ajuda nas redes sociais e indicando números de conta onde a doação pode ser depositada.