Escrito por: Redação Brasil de Fato | Brasília (DF)
"Objetivo é apurar cometimento do crime de incitar a população a atos violentos", diz decisão de Alexandre de Moraes
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (20), mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal contra o cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ).
O objetivo das medidas, segundo nota da PF, é "apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes".
Os mandados, que foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, estão sendo cumpridos no Distrito Federal (1) e nos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1).
O cantor Sérgio Reis está na mira da Polícia Federal desde que houve o vazamento de um áudio em que o artista defendia a paralisação dos caminhoneiros, a invasão do Senado e o afastamento de ministros do Supremo.
O deputado Otoni de Paulo, em vídeo, chamou Alexandre de Moraes de “lixo”, “tirano” e “canalha”, entre outras ofensas. Na ocasião, o deputado era um dos vice-líderes do governo Bolsonaro. Ele já deixou o cargo.
Em resposta ao áudio de Reis, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e líder das paralisações dos caminhoneiros de 2018, Wallace Landim, conhecido como Chorão, havia desmentido o cantor e afirmado que a categoria não aderirá aos atos do dia 7 de setembro, que pedirão a aprovação do voto impresso e a queda dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Não é verdade, ele não representa os caminhoneiros. O Sérgio Reis defende o agro e virou as costas para a categoria. Agora, ele vem dizer que é líder da categoria? Esse movimento não é dos caminhoneiros, querem nos usar", afirmou Chorão, em entrevista ao Brasil de Fato.
"Em 2018 tinha 80% da categoria apoiando o Bolsonaro. Hoje, isso não existe mais, fomos abandonados pelo governo."
Edição: Rodrigo Durão Coelho