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PF faz operação para prender cúpula da PM do DF por suspeita de omissão em 8/01

Ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão

Publicado: 18 Agosto, 2023 - 10h20 | Última modificação: 18 Agosto, 2023 - 10h31

Escrito por: Redação CUT

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro

Na manhã desta sexta-feira (18), agentes da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) cumprem mandados de prisão preventiva contra membros da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Entre os presos, está Coronel Klepter Rosa Gonçalves, atual comandante-geral da PM do DF.

Os alvos da Operação Incúria são suspeitos de omissões nos atos golpistas do 8 de janeiro que culminaram na invasão dos prédios do Três Poderes.

Rinaldo Morelli/CLDFRinaldo Morelli/CLDF
Klepter Rosa assumiu o Comando da PMDF no lugar de Fábio Augusto Vieira após os atos golpistas 


Ao todo, serão cumpridos sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão, autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

As prisões foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após apresentação de denúncia contra os integrantes da PM do DF. Segundo a denúncia elaborada pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, os agentes não agiram para evitar os atos de vandalismo em razão de alinhamento ideológico com os bolsonaristas.

São alvos da operação os seguintes oficiais:
Coronel Klepter Rosa Gonçalves (atual comandante-geral da PM do DF);
Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues;
Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra;
Coronel Jorge Eduardo Naime (já está preso);
Major Flávio Silvestre de Alencar (já está preso);
Tenente Rafael Pereira Martins;
Coronel Fábio Augusto Vieira.

PMs trocavam mensagens de teor golpista no período eleitoral
A execução da operação é desdobramento de investigações ao longo de sete meses. Nesse período, a PGR descobriu que os PMs começaram a trocar mensagens de teor golpista. E a difundir informações falsas antes do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado.

Além disso, a PGR verificou que a PM do DF acompanhava de perto as movimentações no acampamento golpista montado nos arredores do Quartel General do Exército, em Brasília. Há indícios de que o comando da PM infiltrou agentes de inteligência entre golpistas para obter informações. E que tinha plena consciência das proporções e gravidade dos atos que planejavam para o ataque aos poderes da República.

* As informações são do Brasil de Fato e RBA