PF prende idosa que queria 'pegar o Xandão' e mais 4 por atos golpistas

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (27) a terceira fase da Operação Lesa Pátria para prender envolvidos nos atentados terroristas promovidos por bolsonaristas, em Brasília, no dia 8 de janeiro, quando destruíram os prédios dos Três Poderes – Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional.

Os agentes estão cumprindo 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal.

Já foram presos cinco terroristas bolsonaristas, sendo 2 em MG, 1 em SC, 1 no Paraná e 1 no ES.  Entre eles está Maria de Fátima Mendonça Jacinto de Souza, 67 anos, que, em vídeo, confirmou participação nas invasões e disse que ia "pegar o Xandão". "Quebrando tudo e cagando nessa bosta aqui", disse.

Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza também tentou enganar o INSS para conseguir um benefício e é investigada por falsificação de documentos: https://t.co/58vaXEPV07 #Fantástico

— Fantástico (@showdavida) January 16, 2023

"Dona Fátima", como os terroristas a chamam, presa pela PF em Santa Catarina nesta sexta, tem antecedentes criminais. Ja foi condenada por tráfico de drogas com envolvimento de menor de idade em 2014, segundo o portal Extra Classe. A denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina descreve como Fátima foi descoberta por policiais militares que faziam vigília na região, conhecida pelo tráfico de drogas em Tubarão, afirma o órgão. Segundo o Fantástico, ela também tentou dar um golpe no INSS.

Outros terroristas presos

- Eduardo Antunes Barcelos, da cidade de Cataguases (MG)

- Marcelo Eberle Motta, de Juiz de Fora (MG)

- No Paraná, foi preso o empresário Claudio Mazzia.

- No Distrito Federal, foi preso o policial federal aposentado José Fernando Honorato de Azevedo. Nas eleições de 2018, ele concorreu a uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo PRP.

Já entre os alvos das buscas está Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ação da PF, autorizada pelo STF, é contra supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Até o momento, 103 investigados já foram denunciados ao STF pelos atos golpistas. Os ministros vão decidir se aceitam as denúncias e abrem ações penais contra os acusados pelos crimes, entre os quais, associação criminosa armada.