Escrito por: Redação CUT
Entre os presos está o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto
A Polícia Federal realiza nesta terça-feira (7), a quinta fase da Operação Lesa Pátria, que está investigando e prendendo terroristas bolsonaristas e militares que se omitiram e não impediram os atos golpistas de 8 de janeiro que destruiram os prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Os agentes estão cumprindo 4 mandados de prisão, sendo que três são de prisão temporária e um de prisão preventiva -, 6 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Quatro policiais militares suspeitos de omissão antes e durante as invasões nas sedes dos STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto foram presos na manhã desta terça. Entre eles, está o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, foi um dos detidos. Ele era o comandante da PM-DF, mas havia pedido dispensa entre os dias 3 e 8 de janeiro, segundo documentos obtidos pelo site Metrópoles.
Os outros três são: tenente Rafael Pereira Martins; capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da PM-DF; major Flávio Silvestre de Alencar, que apareceu em imagens liberando acesso para que os invasores entrassem no prédio do STF.
Desde o início da Operação Lesa Pátria, em 20 de janeiro, já foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão.
Os crimes investigados são:
. abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
. golpe de Estado;
. dano qualificado;
. associação criminosa;
. incitação ao crime;
. destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Denúncias
A PF abriu um canal de denúncias para identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram atos golpistas. As denúncias podem ser enviadas para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.
O Ministério da Justiça contabiliza mais de 107 mil e-mails com denúncias sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. De acordo com a Secretaria de Acesso à Justiça do ministério, das mais de 107 mil mensagens foram analisadas 102.407 enviadas por 27.457 denunciantes.
Nos e-mails, há nomes de suspeitos de participar, organizar e financiar os ataques. Autoridades, como deputados, governadores, prefeitos e vereadores, que teriam convocado os atos foram mencionadas em mais de 7 mil mensagens.
Com informações da Agência Brasil.