Escrito por: Redação CUT
O presidente é suspeito de ter cometido prevaricação porque não mandou investigar a suspeita de propina na compra das vacinas denunciada pelos irmãos Miranda
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar a suspeita de crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) durante as negociações para a aquisição da vacina indiana Covaxin, com superfaturamento de 1000%. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (12) pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
O presidente é suspeito de ter cometido prevaricação porque não mandou investigar a suspeita de propina na compra das vacinas. O crime pode afastar Bolsonaro e dar de três meses a um ano de detenção e multa.
A prevaricação é um tipo criminal no qual alguma autoridade ou agente público deixa de agir ou atrasa alguma ação para satisfazer interesses pessoais.
A denúncia foi feita pelos irmãos Miranda e está sendo investigada pela CPI da Covid do Senado. O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, que denunciou ter sofrido pressões para liberar a importação da vacina indiana Covaxin, produzida pelo labotaratório indiano Bharat Biotech por um preço muito mais alto do que todas as outras vacinas adquiridas pelo Brasil. E o deputado Luís Miranda (DEM-DF), irmão do servidor, que alertou Bolsonaro sobre indícios de irregularidade na negociação da Covaxin antes de o governo assinar o contrato.
O deputado afirma que levou a Bolsonaro, em 20 de março, documentos e notas fiscais que atestavam irregularidades no processo de compra da Covaxin. Segundo ele, o presidente teria dito, na ocasião, que levaria o caso à PF.
O inquérito aberto recentemente pela PF buscará descobrir se Bolsonaro realmente foi informado a respeito das irregularidades e se tomou providências quanto a isso. A apuração será coordenada pelo Serviço de Inquérito da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Inque).
A investigação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) depois de ter sido cobrada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber.
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