Escrito por: CUT RS
Centrais querem reajuste de 15,58% e política permanente com negociação tripartite
O salário mínimo regional estará em debate na manhã desta quarta-feira (16) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Com data-base em 1º de fevereiro, cerca de 1,5 milhão de gaúchos e gaúchas, que recebem os menores salários no Estado, ainda não tiveram reajuste este ano, ao contrário dos trabalhadores e das trabalhadoras de Santa Catarina e do Paraná, cujos valores já foram corrigidos em janeiro.
Haverá dois momentos de debates. O primeiro ocorrerá na reunião da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, que terá início às 9h. O deputado Luiz Mainardi (PT) fará a leitura do relatório da Subcomissão do Piso Regional, após ter realizado várias reuniões e audiências públicas, incluindo viagem a Florianópolis e Curitiba para conhecer de perto as boas experiências dos estados vizinhos que têm feito a reposição da inflação com aumentos reais.
No segundo momento, a CUT-RS e centrais sindicais serão recebidas em audiência, às 10h30, pelo novo presidente da Assembleia, deputado Valdeci Oliveira (PT), que também convidou representantes das federações empresariais, do governo Eduardo Leite (PSDB) e do Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Renda (Ceter).
Centrais querem reajuste de 15,58% e política permanente com negociação tripartite
As centrais entregaram em 15 de fevereiro ao governo a reivindicação de reajuste de 15,58%. O índice considera a reposição da inflação de 10,60% referente à variação do INPC do ano passado até janeiro deste ano e a recuperação de 4,50% correspondente ao INPC de 2019, que estava previsto no projeto de lei nº 35/2020, do governo, porém os deputados aliados do governador aprovaram reajuste zero em 2020 e Eduardo Leite sancionou.
“Queremos reajuste de 15,58% retroativo a fevereiro deste ano e uma política permanente de correção anual do piso regional, através de uma negociação tripartite, pois a novela dos últimos anos para definir o reajuste do piso regional só tem trazido prejuízos aos trabalhadores e às trabalhadoras”, afirma o secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antonio Güntzel.
Para ele, “o mínimo regional é uma importante política pública que valoriza o trabalho, o emprego e a renda, fomentando a economia gaúcha, na medida em que melhora os salários, aquece o consumo e a produção e amplia a arrecadação do Estado. Todos saem ganhando”.