Escrito por: Redação RBA
Aprovado na Câmara, projeto de lei segue para o Senado. Empregadas domésticas e motoristas de aplicativos também foram incluídos
A Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quinta-feira (17) projeto incluindo bancários no grupo prioritário no plano nacional de imunização contra a covid-19. Aprovado em março, o texto do Projeto de Lei 1011/20, do deputado Vicentinho Júnior (PL-TO), aguardava a análise de destaques. Agora, segue para o Senado e, se aprovado, vai a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Além dos bancários, foram incluídos entre os grupos prioritários empregadas domésticas e motoristas de aplicativos. O texto original já previa a vacinação de caminhoneiros autônomos e profissionais do transporte de cargas e mercadorias. A relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), incluiu ainda pessoas com doenças crônicas e que tiveram embolia pulmonar, agentes de segurança pública e privada, trabalhadores da educação do ensino básico, coveiros e oficiais de Justiça.
As entidades sindicais de representação dos bancários comemoram a aprovação do PL 1011/20 e destacam que a inclusão é resultado de um processo de lutas. Na semana passada, as coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, e Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, entregaram ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, solicitando a inclusão da categoria bancária no plano de vacinação contra a covid-19.
Linha de frente
“Esperamos que isso se acelere, que a categoria que está na linha de frente, atendendo milhões de brasileiros, seja vacinada. Já comprovamos os riscos de se trabalhar em local fechado, como é o caso de nossa categoria. Portanto, estamos felizes por mais essa etapa”, disse Juvandia Moreira. “Já começamos hoje o contato com senadores, para fazer a mesma luta pela aprovação do PL no Senado”, informou o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira.
São cerca de 450 mil trabalhadores bancários em todo o Brasil. No primeiro trimestre de 2020, o impacto da pandemia do novo coronavírus foi quase nulo, com uma média mensal de óbitos de 18,33 vidas. Já no mesmo período deste ano, segundo o Dieese, com o agravamento da pandemia, essa média subiu para 52 vidas, com crescimento de 176,4%.