Plenárias das CUTs estaduais debatem o futuro do trabalho e do sindicalismo
Debates em todo o país discutem o enfrentamento ao aprofundamento da reforma Trabalhista, a perda de direitos, o futuro do trabalho e os processos de organização sindical para organizar a luta
Publicado: 11 Agosto, 2021 - 08h30 | Última modificação: 11 Agosto, 2021 - 13h17
Escrito por: Rosely Rocha
A atuação sindical frente a um mundo em transformação, a partir da pandemia do novo coronavírus, que acentuou a miséria e a desigualdade social no Brasil e no mundo, as manobras do capitalismo para manter o processo de exploração da mão de obra, o aprofundamento da reforma Trabalhista e o futuro do trabalho são alguns dos temas que as 27 CUTs estaduais – dos 26 estados mais o Distrito Federal - discutirão em suas plenárias, que vão ocorrer de 13 de agosto a 10 de setembro.
O objetivo é estabelecer propostas e estratégias da luta pelos direitos da classe trabalhadora de outras a serem desenvolvidas do próximo período. Após o mês de debates, as propostas serão reunidas em documento, para posterior discussão no Congresso da CUT Nacional, a ser realizado de 20 a 24 de outubro deste ano.
A Secretária-Geral da CUT Nacional, Carmen Foro, explica o papel importante dessas plenárias, realizadas no meio do mandato da Executiva Nacional ( 2019-2023) , como parte importante do estatuto da CUT Nacional.
As plenárias estaduais são fundamentais para rever o nosso projeto político organizativo, de readequar a estratégia de luta à atual conjuntura. São elas que poderão dar luz para construir um sindicalismo forte, diante dos ataques e mudanças profundas por que passam as organizações sindicais no mundo e aqui no Brasil
A dirigente ressalta que o contexto adverso da pandemia, o aumento do desemprego e o aprofundamento da reforma Trabalhista, que continua no Congresso Nacional, alteraram profundamente o processo de organização sindical, promovendo o desmonte do sindicalismo e, por isso é importante que as plenárias tragam reflexões sobre a atual conjuntura do país.
“Quando o desemprego está alto, as organizações sindicais sofrem com isso ao perderem muito da suas bases. Por isso, precisamos pensar no trabalho do futuro, no futuro do trabalho, nas novas relações com as mudanças profundas que vêm acontecendo no capitalismo, que se recoloca para aumentar a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras”, conclui Carmen.
A previsão é que as plenárias estaduais da CUT reúnam milhares de dirigentes sindicais em todo o país.
A CUT-PR já divulgou a agenda da sua 16ª Plenária Estadual, que será realizada nesta sexta-feira (13), e terá na pauta um tributo às vítimas da Covid-19 e o debate sobre o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, entre outros temas principais.
A CUT-SE também divulgou a agenda da sua 16ª Plenária Estadual. As lideranças se reúnem para discutir os desafios de 2021 em diante, tarefas imediatas e estratégias. O encontro prestará uma homenagem in memorian a três trabalhadoras e lideranças sindicais que neste ano perderam a vida por problema de saúde e na luta contra a Covid-19.
A CUT-DF divulgou nesta terça-feira (10), a agenda da 16ª Plenária Estatutária da CUT-DF João Felício e Kjeld Jakobsen”, que tem como objetivo atualizar a Estratégia e o Plano de Lutas da Central para o próximo período. A programação é extensa e debaterá temas diversos que são de interesse da classe trabalhadora.
*Edição: Marize Muniz