Escrito por: Redação CUT
Boneco inflável foi produzido pelo Movimento Acredito quer que Bolsonaro seja responsabilizado por omissão na crise sanitária que já matou mais de 450 mil brasileiros
O pixuleco ‘Capitão Cloroquino’, que representa Jair Bolsonaro, foi erguido nesta terça-feira (25), em Brasília por integrantes do Movimento Acredito, grupo suprapartidário que defende a renovação política e apoia o impeachment do presidente.
O ato seria realizado na Esplanada dos Ministérios, e, segundo o grupo, havia autorização do governo do Distrito Federal e da Secretaria de Segurança Pública do DF. Mas a Polícia Militar, que permite inúmeras manifestações em apoio a Bolsonaro, afirmou que o boneco inflável gigante seria considerado um balão e que não poderia ser colocado no local. O grupo realizou o ato em outro ponto da cidade.
Segundo os organizadores, a manifestação tem como objetivo reforçar a reivindicação de que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura ações e omissões de Bolsonaro no combate a pandemia do novo coronavírus responsabilize Bolsonaro e seu governo pela tragédia que já matou mais de 450 mil pessoas no Brasil.
Sobre a cloroquina
Todos os estudos cientificos confiram que a cloroquina, medicamento indicado Bolsonaro e sua equipe para uma espécie de tratamento precoce contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, não tem eficácia contra o vírus.
Pior que isso, ao invés de prevenir ou tratar, a cloroquina e os outros remédios indicados por Bolsonaro pioram a saúde dos pacientes e contribuem até para aumentar o número de mortos.
Mesmo assim, o Ministério da Saúde desviou para o suposto combate à Covid-19 cerca de 2 milhões de um estoque de 3 milhões de comprimidos de cloroquina fabricados pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), usados para o combate à malária.
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) exigiu, inlcusive, que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, revogue protocolos e outros instrumentos normativos que incentivem o uso, no tratamento da Covid-19, de cloroquina e outros medicamentos sem eficácia e segurança comprovadas pela Agência Nacional de Saúde, indicados pelo presidente e por seus seguidorores como a Capitã Cloroquina, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que depôs na CPI da Covid nest a terça-feira (25). Confira matéria da RBA sobre o depoimento da capitã.
Com informações do Brasil Popular