Escrito por: Redação CUT
De acordo com a PM, a lancha do suspeito foi vista perseguindo o barco do indigenista e do jornalista inglês logo após eles deixarem a comunidade de São Rafael, em Atalaia do Norte
A Polícia Militar do Amazonas prendeu Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido pelo apelido de Pelado, suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Segundo a polícia, tem um histórico de ameaças a indígenas. As informações são da jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo desta quarta-feira (8) e do jornal Extra, também do grupo Globo.
A polícia também disse aos jornalistas que a lancha do suspeito foi vista perseguindo o barco do indigenista e do jornalista inglês logo após eles deixarem a comunidade de São Rafael, em Atalaia do Norte. Pelado foi preso e trazido para a cidade na própria lancha.
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Bruno e Phillips tinham sido vistos pela última vez quando chegaram à comunidade São Rafael por volta das 6h de domingo. No local, eles conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de ‘Churrasco’. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino. A previsão era que eles chegassem ainda no domingo entre 8h e 9h.“Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da Funai no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas”, diz o texto divulgado pela Univaja, na segunda-feira.
Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.
Ainda no domingo, a Univaja começou as buscas. Sem obter sucesso, na segunda-feira, a organização indígena acionou as autoridades e divulgou nota à imprensa.
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