Escrito por: Tatiana Melim

Política de preços da Petrobras afunda a economia. Queda em maio foi de 3,34%

Adotada pelo ilegítimo e usurpador Temer, a nova política de reajuste no preço dos combustíveis foi responsável pela greve dos caminhoneiros, pela queda da economia e aumento da inflação

Alex Capuano/CUT

A política de preços dos combustíveis adotada pelo golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), de reajuste diário nos preços dos combustíveis de acordo com a variação internacional do barril de petróleo e a flutuação cambial, fez com que a economia nacional encolhesse 3,34% em maio. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), foi divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central.

A atual política de preços da Petrobras, que foi implantada por Pedro Parente e levou o Brasil à greve dos caminhoneiros, também foi responsável pela queda de 10,9% da produção industrial em maio e ainda teve impacto direto no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que ficou em 1,26% e atingiu a maior taxa para o mês em 23 anos.

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Em maio, além da queda da produção industrial, que não tinha um resultado como esse desde a crise financeira mundial em 2008, as vendas no varejo tiveram a primeira queda no ano. O volume de serviços no Brasil caiu 3,8% com relação a abril, atingindo o resultado negativo mais intenso da série histórica iniciada em janeiro de 2011, segundo dados divulgados pelo IBGE.

A economia brasileira ainda está muito longe da retomada anunciada pelo golpista Temer e alardeada pelos grandes veículos de comunicação desde o golpe de 2016. Após o PIB acumular uma queda de quase -7% entre 2015 e 2016 e apresentar um pífio crescimento de 1% em 2017, a perspectiva é de que a economia continue estagnada este ano.

O Ministério da Fazenda, que chegou a falar em crescimento de 3% neste ano, agora rebaixou esse índice para 1,6%, mesmo cenário do Banco Central. Até o final do ano, essa projeção pode cair ainda mais.

Aumento do gás de cozinha, combustíveis e serviços

A política do ilegítimo Temer de reajustar os preços dos combustíveis diariamente chamou a atenção de toda população, que está sentindo no orçamento familiar os impactos da nova política de preços da Petrobras.

O transporte público mais caro e o preço do gás de cozinha, que teve aumentos sucessivos no último período e chegou a custar, em média, R$ 75,19 neste ano, ultrapassando R$ 100 em alguns estados brasileiros, como o Mato Grosso, são exemplos de como a atual política de Temer compromete o orçamento de toda a população brasileira. Em janeiro de 2015, o valor do gás de cozinha era R$ 44,67.

Segundo dados da Federação Única dos Petroleiros (FUP), nos primeiros 90 dias após julho de 2017, quando a Petrobras mudou a política de preços e o governo aumentou em 30% as alíquotas de PIS/Cofins, foram 58 reajustes nos valores dos combustíveis. O valor médio final ao consumidor subiu 10,98%, um aumento 30 vezes superior à inflação do período.

Outras consequências dessa política, que tem impacto direto na inflação, no resultado da economia e no custo de vida dos brasileiros, são as altas nos preços dos fretes rodoviários – e a greve dos caminhoneiros deixou isso claro -, dos alimentos, das roupas e calçados, pois todos fazem parte da cadeia produtiva que depende dos derivados de petróleo, seja por causa do aumento nos preços dos transportes ou o uso dos combustíveis na produção dos produtos.

Dia do Basta – 10 de agosto

Para dar um basta aos desmandos provocados pelo ilegítimo governo de Temer e à política de preços da Petrobras, com impactos no bolso do trabalhador, que paga cada vez mais caro pelo gás de cozinha, gasolina, etanol ou diesel, a CUT e demais centrais sindicais promovem o Dia do Basta, em 10 de agosto (sexta-feira).

Além de paralisações em locais de trabalho por todo o País, um grande ato será realizado, a partir das 10h, na Avenida Paulista, em frente à Fiesp, em São Paulo, para marcar a mobilização da classe trabalhadora, que exige o fim do ataque aos direitos.

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