Escrito por: CUT Brasil
Vagner Freitas diz que rombo de 159 bi é demonstração inequívoca da má-fé e incompetência
Depois de permanecerem mais de 3 horas em reunião, o presidente ilegítimo Michel Temer e seus ministros da área econômica, não tiveram coragem de anunciar. nesta quinta-feira (10/08). o tamanho do rombo produzido por eles na economia do Brasil. O anúncio oficial ficou para a próxima segunda-feira. No final da noite, porém, um blog da TV Globo confirmou que o Ministério do Planejamento já calculou em R$ 159 bilhões o tamanho real do déficit. É o mesmo número antecipado mais cedo pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, para indicar a extensão do buraco em que os polpistas colocaram o país.
Vagner analisou, em artigo puiblicado em seu blog, as consequências das ações de Temer e cobrou a redução na taxa de juros. Leio a seguir o artigo nas íntegra.
O governo Temer deve anunciar o aumento da meta de déficit deste ano de R$ 139 bi para R$ 159 bi. A previsão para 2018 também é de um rombo maior nas contas públicas. Além disso, a equipe econômica está estudando limitar a R$ 5.000 o salário de ingresso na carreira do Executivo, congelar o aumento de salário de servidores no ano que vem e ainda cortar auxílio às famílias dos detentos.
O aumento do rombo é uma demonstração inequívoca da má-fé, incompetência e política econômica desastrosa do ilegítimo e golpista Temer. Ele assumiu dizendo que colocaria as contas do país em dia. Na época, meados de 2015, tínhamos desajustes pontuais na economia. Atualmente, o cenário é de profunda recessão. E Temer, agora fala que as contas serão equilibradas apenas em 2020.
Para equilibrar as contas é preciso crescimento econômico com investimentos públicos que alavanquem os investimentos privados, gerem emprego e, consequentemente, aumentem a arrecadação federal. Sem esses elementos não sairemos da crise.
As medidas que Temer enviou ao Congresso alegando que eram para conter os gastos e ajudar a reduzir o rombo nas contas só contribuíram para aumentar o caos econômico e social.
Ele mentiu para a população quando congelou os gastos em áreas como saúde e educação por 20 anos, sob a alegação de que tal medida era essencial para reduzir os custos públicos. Enquanto reduziu o tamanho do Estado e, principalmente as políticas públicas, gastou milhões de reais para se livrar de uma investigação por corrupção e se manter no cargo.
A política econômica de Temer é isso, um desastre. E quem está pagando o pato é a população em geral e a baixa renda com maior intensidade, enfim, é a classe trabalhadora.
O governo deveria criar mecanismos efetivos de retomada do crescimento e a ampliação da arrecadação entre os setores que menos pagam impostos no Brasil, como as grandes fortunas e a tributação sobre lucros e dividendos. Esses recursos devem ser utilizados para garantir a execução dos serviços públicos e para retomada dos investimentos e empregos e não para negociatas fisiológicas ou pagamento de juros da divida pública.
A mais importante alternativa para conter o rombo nas contas é a redução da taxa de juros, que contribui para reduzir a dívida pública e estimula a política industrial e agrícola de exportação. A frustração de receitas é decorrente de uma política de juros altos e cortes de investimentos, o que os economistas chamam de “austericídio. Mas, Temer parece não entender nada sobre isso.
Apostar em uma tributação justa onde ricos pagam mais e pobres pagam menos, em uma redução forte dos juros, que em termos reais, está estratosférico, em que se amplia o investimento publico alavancando os setores privados é a direção mais correta para resolver o rombo nas contas públicas.