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Políticos e jornalistas manifestam apoio ao GGN após censura do banco BTG

Censura é "genérica, desproporcional e, portanto, inconstitucional", escreveu o ex-juiz e governador Flávio Dino

Publicado: 31 Agosto, 2020 - 09h46 | Última modificação: 31 Agosto, 2020 - 09h52

Escrito por: Cíntia Alves - GNN

Reprodução
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 O GGN vem recebendo, desde domingo (30), uma série de manifestações públicas em solidariedade à censura imposta por um juiz do Rio de Janeiro, que determinou a retirada de 11 reportagens e artigos exclusivos que citam negócios do banco BTG Pactual. O jornal vai recorrer da decisão.

A decisão sustenta que na democracia a imprensa é livre, mas não pode “causar danos à imagem de quem quer que seja”. O GGN, segundo o juiz da 32ª Vara Cível, “transbordou os limites da liberdade de expressão”. Sem entrar no mérito das denúncias levantadas pela redação, a decisão diz que todo o conteúdo deve ser censurado porque pode causar prejuízo financeiro aos acionistas do banco.

Ex-juiz, o governador Flávio Dino escreveu no Twitter: “Minha solidariedade ao @JornalGGN, editado por @luisnassif, alvo de censura genérica, desproporcional e, portanto, inconstitucional. Creio que esse grave erro judicial será cassado em instâncias superiores.”

A ex-presidente Dilma Rousseff também afirmou que a decisão é inconstitucional e desrespeita o direito à informação [veja aqui].

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, também se pronunciou: “Toda solidariedade ao @luisnassif
e equipe. Será que o juiz que censurou as matérias sobre o poderoso banco BTG, chamando o GGN de “jornal pequeno”, seria tão valente para tratar as mentiras da Globo sem Lula e o PT? O Brasil precisa de mais justiça e menos censura.”

“O cerceamento do jornalismo independente é inaceitável”, tuitou a deputada federal Jandira Feghali.

O deputado federal Ivan Valente, do PSOL, afirmou: “É inaceitável qualquer tipo de Censura. Banqueiro acobertado pela Justiça, GGN não poder falar do BTG Pactual. Toda solidariedade a Luis Nassif e à equipe do Jornal GGN.”

Guilherme Boulos, do PSOL, endossou: “O que dizer quando um juiz censura o jornalista que publicou denúncias sobre o banco fundado pelo atual Ministro da Economia? Minha solidariedade ao @luisnassif e à equipe do @JornalGGN.”

O deputado federal Lindbergh Farias postou: “Minha solidariedade a @luisnassif e à equipe do @JornalGGN, censurados por um juiz a pedido do banco BTG Pactual pela publicação de reportagens sobre a compra de carteiras de crédito do Banco do Brasil. Uma agressão à liberdade de imprensa e ao direito do cidadão se informar.”

Os jornalistas José Trajano, Xico Sá, Bob Fernandes também manifestaram apoio contra a censura ao jornalismo do GGN. A jornalista Bárbara Gancia tentou chamar a grande mídia à responsabilidade de defender a liberdade de imprensa.

“É muito sério o ataque contra Luis Nassif, jornalista q sempre incomodou o poder e está sofrendo nítida tentativa de destruição p/ parte do poder público. Parece q ninguém se incomoda c isso. A começar pelos colegas da imprensa, que deveriam estar botando a boca no trombone!”, escreveu ela.

O jornalista Marcelo Lins, da GloboNews, comentou: “A compra da carteira de crédito do BB pelo BTG Pactual não é digna de um debate sério e adulto sobre esse tipo de transação, envolvendo um banco que tem a maior parte das ações em poder do governo, ou seja, do Estado, do país ? Me parece que sim. Isso é notícia ? Precisa ser.”

Além de intelectuais e juristas, o GGN recebeu apoio da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e de sites da mídia alternativa, como Blog do Marcelo Auler, Jornalistas Livres, Diário do Centro do Mundo, Brasil 247, Revista Fórum, Viomundo, entre outros.

Confira, abaixo, algumas manifestações.