Popularidade digital de Lula se mantém em alta, e a de Bolsonaro despenca
Na medição mais recente do Índice de Popularidade Digital (IPD), Lula tinha 84,8 pontos na segunda-feira (28), enquanto Bolsonaro trazia 51,6 pontos
Publicado: 30 Novembro, 2022 - 10h29 | Última modificação: 30 Novembro, 2022 - 16h54
Escrito por: Helder Lima, da RBA
Não chega a ser novidade que a popularidade digital do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está em alta e a do presidente Jair Bolsonaro (PL), em baixa, mas ter números para isso permite confirmar o que se percebe no dia a dia navegando pelas redes sociais. Segundo o Índice de Popularidade Digital (IPD), que mede diariamente o desempenho de políticos nas redes sociais em uma escala de zero a 100, a popularidade de Lula sobe e a de Bolsonaro cai no mês subsequente às eleições presidenciais. O índice é calculado pelo Instituto Quaest, o mesmo que realizou pesquisas de intenção de voto na campanha eleitoral.
Na medição mais recente do IPD, Lula tinha 84,8 pontos na segunda-feira (28), enquanto Bolsonaro trazia 51,6 pontos. “O petista marcou 89,1 no dia da eleição, 30 de outubro, e atingiu a melhor pontuação nos dias em que participou da COP27”, destaca o diretor do Instituto Quaest, Felipe Nunes, em sua página no Twitter.
“Já Bolsonaro, que no dia do 2 turno possuía 72,8 pontos, amargou nos últimos dias sua pior sequência, com IPD na casa dos 40 pontos. Seu melhor resultado recente tinha sido durante a campanha, com a marca de 88,1 registrada em 7 de outubro. Nesse mesmo dia, Lula obteve 83,7”, afirma Nunes.
O silêncio de Bolsonaro, recolhido no Palácio do Planalto desde a vitória de Lula, pode ser uma estratégia silenciosa para manter viva a chama dos acampamentos golpistas em frente aos quarteis, em defesa de uma intervenção militar, mas seu efeito desmobilizador é inegável, segundo esses dados.
“O bolsonarismo digital se desmobilizou com a ausência de posicionamento claro de seu líder, enquanto Lula tem conseguido engajar seu público com as notícias sobre a transição, gerando expectativa sobre como será o novo governo”, avalia Nunes.