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Por direitos, trabalhadores dos Correios preparam greve para 3 de março

Também está inserido no movimento paredista o repúdio à tentativa de privatização dos Correios, orquestrada pelo ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes

Publicado: 28 Fevereiro, 2020 - 09h53 | Última modificação: 28 Fevereiro, 2020 - 10h03

Escrito por: CUT Brasília

Sintect
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Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios no DF se reunirão em assembleia no dia 3 de março para deflagrar a greve da categoria que, se ratificada, terá início às 22h do mesmo dia. A atividade está agendada para 18h, em frente ao edifício sede dos Correios no DF.

Por orientação da Federação dos Trabalhadores Ecetistas (Fentect), as assembleias serão realizadas em todo Brasil.

A greve tem como uma das motivações a decisão do Supremo Tribunal Federal que altera cláusulas do Acordo Coletivo dos trabalhadores dos Correios, impactando em um reajuste de quase 100% no plano de saúde da categoria.

Depois de um vai e vem entre o Superior Tribunal do Trabalho (TST) e o STF, a categoria, que chegou a pagar 10% do valor da mensalidade do plano e 10% de coparticipação nos procedimentos de saúde, passou a pagar 50% em cada uma das contribuições. Os valores já atingiram o contracheque de janeiro.

Também está inserido no movimento paredista o repúdio à tentativa de privatização dos Correios, orquestrada pelo ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes.

“Não vamos aceitar os ataques desse desgoverno aos trabalhadores, muito menos os aumentos abusivos do Plano de Saúde, que significam na prática redução salarial”, afirma a presidenta do Sindicato que representa os trabalhadores dos Correios no DF (Sintect-DF), Amanda Corcino.

A dirigente sindical lembra que os Correios, estatal mais antiga do Brasil, é fundamental para garantir cidadania a toda sociedade. “Em muitos municípios brasileiros, os Correios são a única instituição pública garantindo ações básicas ao cidadão, como a emissão de carteira de identidade. Uma empresa privada jamais prestaria esse serviço se não houvesse lucro”, explica.