Escrito por: Redação RBA
Objetivo é preservar o valor de R$ 600. Governo quer reduzir pela metade
Com obstruções realizadas tanto pela oposição como pela base aliada, a Câmara encerrou a sessão desta terça-feira (6) sem deliberação. A oposição quer pôr em votação a Medida Provisória (MP) 1.000/2020, que prorroga o auxílio emergencial até dezembro. Mas mantendo o valor de R$ 600, como defendem as centrais sindicais. O governo quer reduzir para R$ 300. Na semana passada, dirigentes foram ao Congresso pressionar pela preservação do valor integral.
Para o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), o Executivo atua contra a votação de sua própria MP para evitar a aprovação de emendas que preservam o valor atual. “O governo faz de tudo para deixar a MP caducar porque já está com seus efeitos produzidos. O governo comete irresponsabilidade com o Congresso”, afirmou. Segundo o parlamentar, este é o “principal sustento da economia brasileira” atualmente.
Governo queria menos ainda
O líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), lembrou que a MP 1.000 nem foi lida pela presidência da Casa. “Não temos nenhuma garantia que venha a ser votada ou sequer debatida. Não é razoável que o presidente da República baixe pela metade o valor do auxílio emergencial aprovado pelo Congresso, e o Congresso não se manifeste”, criticou.
Outros parlamentares lembraram que o governo, na origem, era contra o auxílio de R$ 600. A equipe econômica defendia um benefício de apenas R$ 200. “Sem ele, milhões de brasileiros teriam passado fome. A redução de R$ 600 para R$ 300 foi cruel. Quem perde é justamente a população mais pobre”, disse a líder do Psol, Sâmia Bomfim (SP). Sua colega do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC), comentou que muitos dos 67 milhões de beneficiários do auxílio estão fora do Cadastro Único. “Depois de 1º de janeiro, nem o Bolsa Família vão receber.”
Com informações da Agência Câmara