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Por trabalho decente e direitos, entregadores de apps farão greves no país

Além dos breques dos apps em Limeira, Vitória, Cuiabá, Florianópolis e Rio Branco, trabalhadores falam de greve nacional em abril

Publicado: 25 Fevereiro, 2022 - 11h47 | Última modificação: 25 Fevereiro, 2022 - 17h44

Escrito por: Redação CUT

Roberto Parizotti (Sapão)
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Entregadores de empresas de aplicativos de todo o país farão mobilizações a partir desta sexta-feira (25), véspera do feriadão de Carnaval, por melhores condições de trabalho e renda, contra precarização, por trabalho decente e direitos. (Veja locais e datas abaixo)

Pesquisa da CUT e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que a jornada dos entregadores por aplicativos é de, em média, de 65 horas por semana e a renda média é de apenas R$ 1.172,63, o que equivale a R$ 5,03 por hora, ou menos do que o valor de um litro de gasolina, que está custando em média R$ 7. A categoria não tem nenhum dos 10 direitos garantidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 

Luta por direitos

Mobilizações para mudar esse cenário vêm sendo feitas pelos entregadores de apps já algum tempo sem vitórias significativas do ponto de vista das reivindicações, segundo reportagem de Gabriela Moncau, do Brasil de Fato.

 

Molibizações marcadas para o feriadão

. Nesta sexta, os entregadores de apps de Limeira, no interior de SP, estão de braços cruzados em protesto. 

. Nestes sábado (26) e domingo (27), a paralisação dos entregadores acontece também em Vitória (ES).

. No dia 6 de março paralisações estão agendadas para começar em Cuiabá (MT), Florianópolis (SC) e Rio Branco (AC). 

A categoria já parou em Mauá (SP), Piracicaba (SP), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Manaus (AM) e Campo Grande (MS).

Em abril, categoria realizará mais um 'breque dos apps', que durará três dias e terá início em 1º de abril. 

As demandas principais dos trabalhadores são o aumento das taxas – atualmente o iFood paga o valor mínimo de R$ 5,31 por corrida -; o fim das entregas de dois ou mais pedidos em uma viagem só (também chamado de “rota dupla”); e o fim dos desligamentos de conta sem justificativa, segundo o BdF. 

Além dessas reivindicações, as greves atualmente são uma reação a duas mudanças recentes implementadas pelo iFood, empresa hegemônica do ramo de delivery no país e, portanto, alvo principal das mobilizações de entregadores. 

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