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Porto Alegre: Marcha Zumbi Dandara denuncia racismo e genocídio da população negra

Porto Alegre: Marcha Zumbi Dandara denuncia racismo e genocídio da população negra

Publicado: 21 Novembro, 2019 - 11h13 | Última modificação: 21 Novembro, 2019 - 11h25

Escrito por: CUT-RS

Marcus Perez (CUT-RS)
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Mesmo não sendo feriado em Porto Alegre, ao contrário de várias cidades brasileiras, o Dia Nacional da Consciência Negra levou milhares de pessoas às ruas, no final da tarde quente desta quarta-feira (20), para denunciar o racismo estrutural, o genocídio da população negra, as políticas neoliberais de exclusão social e os projetos de privatizações, como os Correios, o Banrisul e o Mercado Público.

Marcus Perez/CUT-RSMarcus Perez/CUT-RSApós concentração e ato no Largo Glênio Peres, com manifestações de representantes de entidades e do movimento negro, os participantes realizaram a Marcha Independente Zumbi e Dandara, que percorreu a Avenida Borges de Medeiros até o Largo Zumbi dos Palmares, com muita animação, axé e música popular no ritmo de baterias de escolas de samba da Capital.

Marcus Perez/CUT-RSMarcus Perez/CUT-RS

Houve protestos contra o desmonte das políticas públicas e os governos do presidente Jair Bolsonaro, do governador Eduardo Leite (PSDB) e do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), que foram todos muito vaiados. Sobraram manifestações de apoio à greve dos educadores, que organizaram uma ala da caminhada, e à luta de todos os servidores estaduais contra o pacote de maldades do governo Leite. E não faltaram gritos de "Lula livre e inocente".

Os manifestantes denunciaram principalmente o racismo existente no Brasil, muitas vezes disfarçado, mas que atinge sobretudo a juventude negra que vive nas periferias e, mais especificamente, as mulheres negras que sofrem exploração, preconceito e discriminação sob diferentes formas.

Marcus Perez/CUT-RSMarcus Perez/CUT-RS

A vereadora carioca Marielle Franco, assassinada no ano passado, foi muito citada nas falas dos oradores e estava retratada em camisetas, cartazes e bandeiras. "Quem mandou matar Marielle?" foi a pergunta mais repetida, uma vez que as investigações ainda não apontaram os mandantes do crime que chocou o Brasil e o mundo.

O Dia da Consciência Negra é uma referência à morte de Zumbi dos Palmares, escravo que se tornou líder do Quilombo dos Palmares, junto com a sua companheira Dandara, e que foi assassinado em 20 de novembro de 1665.

Pela CUT-RS, a caminhada foi acompanhada pelo presidente Claudir Nespolo, a secretária da Mulher Trabalhadora, Isis Marques, e o secretário de Comunicação, Ademir Wiederkehr. Também participaram dirigentes de vários sindicatos e federações, além de representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e militantes de partidos de esquerda.

Marcus Perez/CUT-RSMarcus Perez/CUT-RS