PR: Funcionalismo protesta por #DataBaseJá e respeito aos serviços públicos
Dia Nacional de Luta pela Educação reuniu também servidores de outras áreas, todos com salários defasados
Publicado: 16 Março, 2022 - 16h52 | Última modificação: 16 Março, 2022 - 17h09
Escrito por: APP-Sindicato
O clima chuvoso e a postura autoritária do governo de Ratinho Júnior (PSD) – que determinou a retirada do caminhão de som antes do ato – não intimidaram a manifestação dos servidores e das servidoras na manhã desta quarta-feira (16), em Curitiba (PR).
Educadores de diversas regiões do Paraná somaram forças com colegas de outras categorias do Estado para exigir respeito, direitos e salário digno, com foco na defesa dos serviços públicos e no pagamento da Data-Base.
“A educação não teve 38% de aumento. Todos nós que estamos aqui recebemos apenas 3%. O governador mentiu e manobrou para aplicar o Piso de forma errada e dizer para a população que trabalhamos pouco, recebemos muito e reclamamos de novo. Chega de arrancarem de nós o que é nosso por direito”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Walkiria Mazeto.
Não se trata de aumento salarial, mas de justiça. O governo Ratinho Jr deve quase 34% de reposição ao conjunto do funcionalismo, que viu o seu poder de compra derreter em seis anos de salários praticamente congelados. Enquanto os(as) trabalhadores(as) são abandonados(as), sobra dinheiro nos cofres do Estado, que registrou um superávit de mais de R$ 7 bilhões em 2021.
O ato, organizado pelo Fórum de Entidades Sindicais (FES), também expressou as pautas do Dia Nacional de Lutas pela Educação, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), como a luta contra a privatização, a terceirização e a militarização, por concursos públicos e pela correta aplicação do Piso Nacional nos estados e municípios.
“A terceirização dos funcionários custou R$ 215 milhões por ano a mais do que se tivesse mantido os PSS. A Unicesumar ganhou R$ 38 milhões para trocar professores(as) por televisões em sala de aula. A escola virou uma vitrine de propaganda das empresas que apoiam as campanhas destes governos”, ressalta Walkiria.
O interior também marcou presença. Com 82 anos de idade e mais de 30 de aposentada, a professora Lucia Pazim veio de Cianorte e já participou de muitas lutas, mas nunca viu um governo tratar tão mal quem dedicou a vida à educação.
Quem não pôde comparecer às ruas, manifestou sua indignação nas escolas estaduais.
Confira aqui algumas imagens do ato.