Escrito por: CUT-PR
A categoria não pode ser punida para alimentar o cofre do governo. O ensino está em jogo!
Revoga a Resolução 113/2017 governador! É a Resolução da Maldade e vai punir os(as) professores(as) e a educação. É com este chamamento que os(as) professores(as) e os(as) funcionários(as) estão protestando nesta segunda-feira(30), tanto em frente aos 32 Núcleos Regionais de Educação do Estado do Paraná (NREs), como na estrutura interna de alguns que estão com as portas abertas. Nos Núcleos em que as portas estão trancadas, a categoria não se abala, permanece nos locais e tenta negociar.
Com as portas abertas, os(as) participantes das mobilizações entram e explicam aos(às) demais funcionários(as) a realidade imposta pelo governo do Paraná. No NRE de Curitiba, um fato chamou a atenção, pois, existe um quadro com atestados e licenças de trabalhadores(as) do Núcleo. A pergunta que não quer calar: nestes casos ocorrerão descontos, assim como o governo vai aplicar aos professores(as) com a nova medida decorrente dos afastamentos em 2016?
O governo alega que incentiva a educação, mas, na prática, ocorrerá a diminuição da hora-atividade, que acarreta em menos tempo para atividades extraclasse e aumenta o número de professores(as) temporários(as) desempregados(as), além da punição aos(às) educadores(as) que adoeceram no ano passado. Fica a reflexão: quanto tempo os(as) temporários(as) terão para se estabilizar? O país está em crise e o magistério pagará as contas no Paraná? A verdade é cruel! A categoria está lutando por seus direitos e também para que a sociedade visualize o cenário.
A secretária de Organização da APP-Sindicato, Tereza Lemos, participa do ato em Curitiba, e disse que a reivindicação é para que o governo revogue a Resolução 113/2017, que trata da distribuição de aulas, em que constam orientações absurdas. “Algo que nunca aconteceu na história, punir um professor ou professora porque ficou doente. Ninguém quer ficar afastado da escola, só em condições necessárias. Chama a atenção porque os afastamentos que o governo está punindo são por faltas justificadas com atestados ou licenças que o próprio governo deu”. Outro ponto a destacar, de acordo com Tereza Lemos, é a questão da hora-atividade. “Tão ruim quanto isso é o governo mentir. Ele tira a hora-atividade do professor, e diz para a população que o professor terá mais tempo para o aluno. Não é verdade. A afirmação do governo é mentirosa. Com essa medida que o governo tomou, o professora ou a professora passará a ter mais aulas e mais turmas, portanto, menos tempo para preparar as aulas para a quantidade maior de alunos que terá”.
Na prática, um exemplo decorrente da Resolução da Maldade:
Uma professora de português que tem quatro aulas por turma, para dar as 20 horas, pegaria três turmas com quatro aulas cada uma, ou seja, somando seriam 12. Agora, terá que pegar quatro, no mínimo com 40 alunos a mais, e vai diminuir o tempo para corrigir as provas e preparar os trabalhos aos alunos.
NREs trancados – Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Cascavel, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Irati, Laranjeiras do Sul, Loanda, Londrina, Maringá, Paranavaí, União da Vitória, Pitanga, Telêmaco Borba.