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Prazo para apoiar Lula ao Nobel da Paz se encerra hoje

“Somos muitos que acreditam que o prêmio para Lula ajudará a fortalecer a esperança de um novo amanhecer”, defende Adolfo Pérez Esquivel

Publicado: 31 Janeiro, 2019 - 10h39 | Última modificação: 31 Janeiro, 2019 - 17h06

Escrito por: Redação RBA

RICARDO STUCKERT
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Esta quinta-feira (31) demarca o fim do período para coleta de assinaturas em favor da concessão do Prêmio Nobel da Paz ao ex-presidente Lula. Até às 9h, a petição já contava com cerca de 540 mil adesões.

Para formalizar a candidatura é preciso reunir, até essa data, assinaturas de indivíduos que se encaixem nos critérios estipulados pela organização que concede o prêmio – como, por exemplo, ser professor(a) universitário(a) ou diretor(a) de instituto de pesquisa da paz, ou mesmo detentor do prêmio, como é o caso de Adolfo Pérez Esquivel, que enviou carta ao comitê do prêmio, indicando Lula.

Com o mesmo senso de esperança que Martin Luther King transmitiu quando disse ‘Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira’, somos muitos que acreditam que o Prêmio Nobel da Paz para Lula ajudará a fortalecer a esperança de poder continuar construindo um novo amanhecer para dignificar a árvore da vida
- Adolfo Pérez Esquivel

Lula é mantido preso político na sede da Polícia Federal, em Curitiba, desde 7 de abril de 2018, depois de um processo fraudulento construído pela Força Tarefa da Operação Lava Jato, então comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça do governo de extrema direita Jair Bolsonaro. Segundo a narrativa da turma do Paraná, Lula estaria envolvido com crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que sustenta a narrativa é a suposta propriedade de um tríplex no Guarujá, que jamais pertenceu a Lula.

‘Lawfare’, ou guerra jurídica, foi o termo encontrado por sua defesa para desnudar a atuação política do Judiciário para tirar o ex-presidente da eleição de 2018.

Com a indicação ao prêmio, Esquivel busca reconhecimento a Lula, pelo fato dele ter tirado 30 milhões de pessoas da pobreza, em seus dois mandatos. “Precisamos superar a fome, a pobreza e a exclusão social. Nossa guerra não é para matar ninguém: é para salvar vidas”, prometeu o ex-presidente, tão logo assumiu seu primeiro mandato.

O manifesto enviado pelo argentino indicando Lula ao Nobel da Paz destaca três argumentos baseados no legado sem precedentes no combate à redução da pobreza e da fome no Brasil deixados pelo ex-presidente. O documento considera que houve redução na taxa de desemprego, próxima a 50%, segundo o IBGE, e criação de 15 milhões de empregos, segundo dados do extinto Ministério do Trabalho.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o coeficiente de Gini brasileiro foi 0,583 em 2003, e em 2014 foi 0,518, indicando que as políticas sociais implementadas pelo PT deixou um Brasil com menos desigualdade social, pois a desigualdade média caiu 0,9% ao ano, no período entre 2003-2016.

A implementação de programas de educação e saúde pública elevou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, desenvolvido pelo PNUD. Em 2010, chegou à expectativa de vida de 72,9 anos, a uma escolaridade de 7,2 anos de estudo e a uma expectativa de vida escolar de 13,8 anos.