Escrito por: Redação CUT
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro. O preço do combustível foi o que mais puxou a inflação para cima. O IPCA acumula no ano 8,24 e nos últimos 12 meses, 10,67%
A inflação continua em alta no país com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pesquisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechando o mês de outubro na casa de 1,25%, maior do que o mês anterior (1,16%). Com esse resultado, O IPCA teve o maior aumento dos últimos 19 anos , quando ficou em 1,31%.
No ano, de janeiro a outubro, o IPCA, que mede a inflação para famílias de 01 (R$ 1.100) até 40 salários mínimos (44.000,00), acumula alta de 8,24% e, nos últimos 12 meses, de 10,67%, acima dos 10,25% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a variação mensal foi de 0,86%.
Embora todos os grupos pesquisados tenham tido alta em outubro, o maior peso no IPCA foi o grupo Transporte ( 2,62%), por causa dos aumentos dos preços dos combustíveis.
A gasolina com 3,10% de aumento, pela sexta vez consecutiva, teve o maior impacto sobre o IPCA do mês. O produto acumula altas de 38,29% no ano e de 42,72%, nos últimos 12 meses. Além disso, os preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%) também subiram. Ainda nos Transportes, os preços das passagens aéreas subiram 33,86% em outubro, frente a setembro.
Em seguida, os itens que mais subiram foram: Vestuário (1,80%); Artigos de residência (1,27%) Alimentação e bebidas (1,17%), e Habitação (1,04%). Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,75% de Despesas Pessoais.
No grupo Alimentação e bebidas, a alta foi puxada pelo tomate (26,01%) e à batata-inglesa (16,01%), A alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,78% em outubro.
Em Vestuário houve altas em todos os itens pesquisados, com destaque para as roupas femininas (2,26%) e roupas infantis (2,01%).
A alta do grupo Habitação foi influenciada mais uma vez pela energia elétrica (1,16%), gás de botijão (3,67%), em sua 17ª alta consecutiva, acumulando elevação de 44,77% desde junho de 2020.
Metodologia da pesquisa
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de setembro e 28 de outubro de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 28 de agosto e 28 de setembro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
INPC sobe 1,16% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de 01 a cinco salários mínimos (R$ 5.500), de outubro, subiu 1,16%, 0,04 p.p. abaixo do resultado de setembro (1,20%). Esse é o maior resultado para um mês de outubro desde 2002, quando o índice foi de 1,57%.
No ano, o INPC acumula alta de 8,45% e, em 12 meses, de 11,08%, acima dos 10,78% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,89%.
Os produtos alimentícios subiram 1,10% em outubro, ficando acima da variação observada em setembro (0,94%). Já os não alimentícios tiveram alta de 1,18%, enquanto, em setembro, haviam registrado 1,28%.
Todas as áreas registraram variação positiva em outubro. O menor índice foi o da região metropolitana de Belém (0,51%), onde pesaram as quedas nos preços do açaí (-8,77%) e da energia elétrica (-1,22%). Já a maior variação foi a da região metropolitana de Vitória (1,64%), cujo resultado foi impactado, principalmente, pela taxa de água e esgoto (13,68%).
*Com informações do IBGE