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Preço do gás de cozinha sobe 9% no Amazonas após Bolsonaro privatizar refinaria

Enquanto o preço médio nacional do botijão de gás de 13 quilos caiu quase R$ 2, no Amazonas subiu mais de R$ 10 

Publicado: 02 Fevereiro, 2023 - 10h18 | Última modificação: 02 Fevereiro, 2023 - 10h36

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Sindipetro-BA
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O governo de Jair Bolsonaro (PL) concluiu a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), localizada à margem esquerda do Rio Negro, em Manaus (AM), no fim do ano passado. 

Os novos donos, o Grupo Atem, não perderam tempo e, entre o início de dezembro e a semana passada, aumentaram em 9% o preço do gás de cozinha.

Enquanto o preço médio nacional do botijão de gás de 13 quilos caiu R$ 2, para R$ 108,02, no Amazonas subiu mais de R$ 10, passou de R$ 112,95 para R$ 123,15.

FUP alertou que consumidor seria prejudicado

Antes de a superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a privatização da Reman, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) alertou o órgão que a decisão seria gravíssima para a região Norte.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse na época que a venda da refinaria “incentivaria a criação de mais um monopólio regional privado no setor do refino brasileiro, com consequências desastrosas para o consumidor local".

Ele se referia a situação da Bahia, estado que liderou o ranking de combustivel mais caro do país apenas um ano após a privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), vendida para o fundo árabe Mubadala e operada pela Acelen. E o povo ainda sofre com desabastecimento.

No Amazonas, distribuidoras e revendedores locais concordam que a disparidade nos preços é um reflexo da privatização da refinaria de Manaus.

Antes da privatização, apesar de mais caro, o botijão de 13 quilos no Amazonas seguia a curva da média nacional até a semana de 3 de dezembro de 2022, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

Segundo empresas do setor, o quilo do GLP está sendo vendido pela refinaria de Manaus a R$ 5,60, enquanto a Petrobras cobra entre R$ 3,14 e R$ 3,35, dependendo do ponto de entrega.

Também abastecida pela Atem, a população do estado de Roraima paga mais caro pelo gás de cozinha que subiu 6% em um mês atingiu R$ 128,82 na semana passada.

Privatização da Petrobras causará aumento nos preços dos combustíveis e gás, alertou o PortalCUT, em 2019, numa série de reportagens que mostrou o que o povo tinha a ver com a venda de várias estatais. 

Com informações da Folha de S Paulo.