Escrito por: RBA
Na comparação com o ano passado, trabalhador comprometeu menos renda para adquirir os produtos
De março para abril, o custo médio da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (5). Já na comparação com abril de 2022, os preços caíram em nove e aumentaram em oito cidades. Nos primeiros quatro meses do ano, alta em 11 e queda em seis capitais.
No mês passado, as principais altas foram registradas em Porto Alegre (5,02%), Florianópolis (3,65%), Goiânia (3,53%), Brasília (3,43%) e Fortaleza (3,38%). Houve redução em Natal (-1,48%), Salvador (-0,91%) e Belém (-0,57%). O maior custo da cesta foi o de São Paulo (R$ 794,68) e o menor, em Aracaju (R$ 553,89). No Norte-Nordeste, a composição é diferente.
Na comparação com abril do ano passado, as quedas variaram de -0,08% (Recife) a -6,12% (Curitiba). As altas, de 0,44% (Aracaju) a 8,27% (Belém). Em São Paulo, a cesta varia 0,43% no ano e -1,16% em 12 meses.
Assim, com base na cesta mais cara, o Dieese calculou em R$ 6.676,11 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de uma família de quatro integrantes. Isso equivale a 5,13 vezes o mínimo, que até o mês passado era de R$ 1.302. A proporção aumentou em relação a março (5,05 vezes) e caiu ante abril de 2022 (5,57).
Também em abril, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 114 horas e 59 minutos. Mais do que em março (112 horas e 53 minutos) e menos do que um ano atrás (124 horas e 8 minutos). O trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 56,51% de seu rendimento líquido com os produtos. Novamente, mais do que no mês anterior (55,47%) e menos do que em abril de 2022 (61%).
Entre os produtos, o preço do feijão, por exemplo, subiu em todas as capitais, tanto em abril como em 12 meses. Já o da batata aumentou na maioria das cidades, assim como o do tomate. Farinha de mandioca, açúcar refinado e leite integral também tiveram tendência de alta.