Escrito por: Redação CUT
Servidores e servidoras de São Bernardo do Campo lotaram as ruas da cidade nesta segunda, primeiro dia da greve da categoria por reajuste salarial
Após várias tentativas para reabrir uma mesa de negociação para discutir reajuste salarial da categoria, servidores e servidoras da Prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, deram início a uma greve por direitos, nesta segunda-feira (27).
Além de recusar a reabertura da mesa, ao longo da última semana, a prefeitura, comandada por Orlando Morando (PSDB) desde 2017, não apresentou sequer uma parcial de previsão de reajuste, segundo o Sindserv SBC - Sindicatos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de São Bernardo do Campo.
Os servidores e servidoras que lotaram as ruas da cidade nesta segunda, primeiro dia da paralisação, consideram que a postura do prefeito é um descaso com a categoria. Veja vídeo no final.
“Hoje a aula está sendo na rua. Hoje, amanhã e depois. Aqui nessa rede, um auxiliar de limpeza ganha R$ 900 líquido por mês, professores abaixo do piso, o maior município da região do ABC pagando abaixo do piso para os professores, um absurdo”, disse a assessoria do sindicato.
O Piso do Magistério 2023, anunciado pelo governo federal no início de fevereiro é R$ 4.420,36, para uma jornada de no máximo 40 horas semanais.
As outras categorias profissionais da Prefeitura de São Bernardo do Campo também não tiveram salários reajustados de acordo com os índices da inflação. Os salários e benefícios como vale transporte e auxílio alimentação estão congelados desde 2017.
“O ‘grosso’ da paralisação está pegando basicamente a Educação, que é onde estão a maioria dos funcionários concursados e de carreira”, disse o representante do sindicato.
Na semana passada, quando a greve foi anunciada, a Prefeitura emitiu uma nota afirmando que estava em processo de avaliação com as secretarias de Finanças e Administração e Inovação para efetuar um possível reajuste na data-base do funcionalismo e culpou a gestão anterior. Morando está no cargo desde 2017 e ainda culpa a gestão anterior.
“A atual Administração não aplicou o reajuste aos servidores no ano de 2017 devido ao alto volume de dívidas a serem pagas, que superava R$ 200 milhões, incluindo contas de luz pendentes. Nos anos de 2020 e 2021 não houve reajuste em cumprimento à lei federal que congelou os salários dos servidores públicos. O texto estabelecia a compensação a estados e municípios pela perda de arrecadação provocada pela pandemia do coronavírus”, disse o Executivo.
A Secretaria de Educação divulgou um comunicado pedindo para que as famílias fossem buscar as crianças nas escolas, uma vez que não havia ninguém trabalhando.
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